domingo, 29 de janeiro de 2017

SAUDADE


VIBRANDO D'EMOÇÃO


FANTASIAS OCAS


Sobe o céu vermelho
Cabelos soltos ao vento
Com os olhos postos no infinito
Sinto uma chaga rasgar o peito

É fusão de tristeza e nostalgia
Em que rolam lágrimas silenciosamente
Nos pensamentos que fogem de mim
Em várias direções

Ah como gostava de estar onde não estou
Encurtar distâncias no espaço e tempo
E no ponto mais alto abrir os braços
Alcançar o que não consigo

Gritar bem alto fantasias imaginadas
Que torturam minha alma
Numa solidão escura, sufocada

Mortifico meus sentimentos nesta dor
E o silêncio é minha companhia…


Fátima Porto

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

EU...TU


TUAS MÃOS


DOU-TE UMA ROSA


Não pretendo olhar em teus olhos,
Ao dar-te a rosa,
Porque falariam mais que os lábios

Ver teu rosto,
Teu corpo,
Nosso desejo

Minha alma iria quer dizer o contrário,
Para não veres
Lágrimas a rolarem
Ao conter um grito
Para ficares comigo

Jogo de palavras em olhares
Quando há sempre um pedir para voltar
Porque mesmo assim,
Amo-te
E deseja-mo-nos

Olha-me em silêncio
E recebe esta rosa em mim...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

FOGUEIRA


Desata minhas mãos
Para que te possa amar,
Sentir no teu corpo
O ardor da paixão

Solta de mim
Todo o desejo,
Desnudando
O meu apetecer,
E degustando
Nosso prazer

Segreda
Ao meu ouvido
Palavras de silêncio,
Passeando
Pelo meu corpo,
Dedos quentes e suaves

Mas além de tudo,
Lembremos nosso mundo,
Completo,
Como uma fogueira,
Crepitando em chamas…

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

RASGASTE O VESTIDO


PASSO A PASSO


Passo a passo,
Lentamente,
Irei ao teu encontro
Mostrando minha alma
Como se a visses num espelho

Olhos bem abertos,
Profundos,
Como se despisses
Para me teres a nu

Num abraço meigo
E beijos de desejos,
Em olhares que se degustam
Nos corpos que se amam

Seremos bem presentes
Nesta intensa paixão,
Em pensamentos, vontades

Mais que um alento,
É o que nos atrai,
E despojados de tudo...

UM SÓ


As casas e as ruas pareciam desertas
O sino da igreja deu as duas da manhã
Fugimos por entre esquinas e becos

Parei...
A minha respiração acelerava
ao ritmo do pulsar do meu coração
E puxaste-me para ti
A parede apoiou-nos nesse abraço
que colou nossos peitos suados
.
Olhos nos olhos, sem falar
nossas faces roçaram
Nossas línguas tímidas tocaram-se
pedindo um beijo

Senti tua mão
acariciando o meio peito, meus ombros
deixando que a minha roupa fosse caindo
para que sentisse os beijos roubados,
Ansiados, sedentos e calmos
para o momento de prazer
Afagas também as minhas coxas
enquanto eu mimo teu corpo

Já não corríamos, mas o meu pulsar era maior
O calor, o vibrar, o querer,
A tua respiração aumentava
Nossos corpos mais se colavam
porque se desejam

E algo fez bradar a união

Que loucura, que doçura

Numa parede duma casa,
Numa rua deserta...

FOMOS UM SÓ...

TU E EU


ESCONDERAM-SE AS PALAVRAS