DOR POR ENTRE OS DEDOS
Desfaço lentamente
Com mágoa, por entre os dedos,
A flor imaginada na entrega
Algum dia dada
Flor de sorrisos ocos,
De odor que embriagou sentimentos
E que se esmoreceu como o vento
Pétala a pétala, caiem por terra
Momentos lindos, de encantar,
Pisados, calcados,
Nesta tristeza incontida
Minha mão fecha-se
Derramando todo um sofrimento,
Não de raiva, nem de ódio,
Mas um sentido bem profundo
Que tudo faz doer
Porque me querem assim
E dói tanto na Alma?
Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC
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