terça-feira, 19 de agosto de 2014

À CHUVA

À CHUVA

Quero amar-te,
Não importa onde,
Ter-te,
Desejar

Não importa as razões
Pois o amor é sublime,
É belo

Não implica perguntas,
Porque não existem respostas,
Nem sondando à lua
Pois ela cala, subtilmente

Nada é parecido,
Ao calor,
Nem ao frio

Depois de um longo beijo
Numa rua qualquer,
Ao sol,
À chuva,
Para depois um aceno de despedida

Então já sozinha,
Sentindo todos esses momentos,
A chuva mistura-se
Com o sabor a sal,
Das lágrimas que rolam,
P’la Saudade que já surge…


Fátima Porto

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

QUANTIDADE

QUANTIDADE

Quantos beijos ficaram por dar,
Carinhos adormecidos nas mãos,
No meio de abraços

Quanto ficou por dizer,
Na leitura dos olhares
Que podiam ser escritos

Quanta saudade lembrada,
Sem lágrimas num colo vazio,
E vontade de gritar com voz abafada

Oh tanto,
E até quando...

Fátima Porto

domingo, 17 de agosto de 2014

AO POR DO SOL

AO POR DO SOL

Vejo-te
Em raios quentes
Do sol que se vai escondendo,
À tardinha,
Pois a imaginação voa
De tanta saudade, que dói

Queria fechar os olhos
Inventar teu calor
Numa praia,
Ao por do sol,
Teus raios envolvendo
Como fossem um abraço

Mas oh tristeza minha,
Angústia de minha alma,
O calor que sentia
Era eu que me abraçava

Sonhava estar na praia
Da terra que me viu nascer


Fátima Porto

sábado, 16 de agosto de 2014

TEU ACONCHEGO

TEU ACONCHEGO

Tuas mãos, meu consolo
Em meu corpo, aconchego
Teus dedos percorrem caminhos
Que só sentimos nós dois

O calor de tuas mãos
Faz-me vibrar de anseio
Ter-te bem junto a mim
Em noites sem ter fim

De mãos dadas, sem falar
Olhos nos olhos, bem profundos
Sinto que és minha cama
No lençol que desenrolo

No teu conforto me aninho
Em suave deleite
A vontade de te ter
E a ti pertencer….


Fátima Porto

AGORA

AGORA

Não digas nada,
Apenas abraça-me
E murmura teus carinhos
Deixando o odor na minha blusa,
No meu corpo,
Em minhas saudades

Volta,
Acabando de seres distância
E seres presença agora,
Apenas vindo ter comigo

Agora…

Fátima Porto

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

SE...

SE…

Se ouvires dizer que não te amo,
Que deixaste um vazio,
Uma solidão sem ter fim,
E que não sei se ainda existo
Ou se vagueio em mim

Se te disserem que sorrio
Trazendo alegria no olhar,
Não acredites
Em contos falsos
Que nos fazem magoar

Se olhares para o espelho
E vires a minha imagem refletida,
É a vontade que fala por nós
Numa paixão maior

Se amanhã sentires a cama vazia
E ao calor do abraço
Um arrepio na pele,
Sou eu, sussurrando ao ouvido
Palavras caladas e doces
Ditas p’lo coração…

Fátima Porto

EM NOITES DE LUAR

EM NOITES DE LUAR

As noites longas de luar,
Sabem ao cheiro das mangueiras
P’la brisa que corre
Pintada pelos campos de algodão

Em noites de luar,
Onde sinto o perfume das praias calmas,
Deitada na areia molhada,
Contando as estrelas brilhantes do céu

Nas noites de luar,
Oiço trazidos p’lo vento,
Sons da minha terra
Entoados à volta de uma fogueira

Noites de luar,
São noites de enfeitiçar,
Corpos ondulantes
Vibrando p’los batuques,
Batendo os pés no pó da terra vermelha
Ao compasso das palmas, ecoando

Magia das noites de luar
Tem cheiros e sabores
Que minh’alma não esquece…

Fátima Porto


A BRISA

A BRISA

Brisa passa ligeira,
Como um sopro que vagueia suave
No corpo que arrepia

São como dedos de seda
Que percorrem nada,
Na procura de um todo
P’lo meio do silêncio

São pensamentos em turbilhão
Deixando cair lágrimas,
Em boca calada
Que sufoca de tanto ver

A brisa secou a alma,
Esventrou sentimentos,
Dessecou, tolheu o que havia,
E partiu…

Fátima Porto

COMO É TRISTE

COMO É TRISTE

Como é triste ver o por do sol
Sem brilhar nos teus olhos,
Sentir a chuva
E não poder alcançar num abraço
Ou ouvir a nossa melodia
E não poder trauteá-la para ti

Como é triste sentar no banco d’um jardim
E não ter o aconchego do teu colo,
Vaguear de mãos nas mãos,
Beijarmo-nos ao luar
Esquecendo que estamos a ser vistos
Por olhos de felicidade

Como é triste,
Pois só sucede em sonhos meus…

Fátima Porto

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

TEMPO NO TEMPO

TEMPO NO TEMPO

Tempo que passa,
Soltando bocados
Da vida que passou

Presente d’um tempo,
Em silêncio parado,
Marcando horas futuras

Horas,
Minutos,
Segundos,
Tecidos no tempo
Em ponteiros inquietos

Omite-se tempo no tempo
Nas vontades próprias,
Para além do anseio

E o tempo voa
Na brisa do tempo
Sem nunca parar…

Fátima Porto

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

BRISA QUE PASSA

BRISA QUE PASSA

Recordações que o mar nunca levou,
Mas que minh’ alma guarda,
Como a brisa que toca em meu rosto
Lembrando carinhos teus

Suaves,
Delicados,
Pois leram palavras que não falei
Mas que ambos obtemos

Uma aragem quente,
Faz-me sentir tua respiração,
Presente,
Em memória viva
E desejada

Mas a brisa passa,
E tuas carícias estarão em mim,
Sempre...

Fátima Porto

terça-feira, 12 de agosto de 2014

TANTA COISA

TANTA COISA

Tanta coisa para te explicar
Se contigo eu pudesse estar agora,
Mas esta distância teima em nos afastar

Dizer-te o que meu peito sente
Mas abafa,
Estreitar-te no meu colo
Sendo o teu aconchego,
E dizer à minha maneira
Como te amo

Tanta coisa que te queria dizer
E que não posso contar,
Da vontade de te ter em meus braços,
Pois assim nem me explicaria

Ah tanta coisa para te dizer
Que nem sei onde começar,
Mas se estivesses comigo agora,
Cobria teu rosto de beijos
Sem precisar de escrever

Mas como vou começar,
Se tenho tanta coisa para te falar…


Fátima Porto

EU SEI

EU SEI

Eu sei,
O sol põe-se no horizonte,
As lembranças voam,
E o coração estremece

Eu sei,
A noite espreita pelo silêncio
Iluminando ruas na imaginação
Sentindo tua presença

Eu sei,
O toque meigo dos beijos,
Do olhar profundo de vontades
Num aconchego d’enleio

Eu sei,
Que o amor é hábil,
Bradando ao vento que passa
P’la falta da tua presença…

Fátima Porto

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

QUEREM

QUEREM

Querem que abafe as palavras,
Mas sorrio

Querem calcar aquilo que sou,
Mas sigo em frente

Querem amordaçar meus gestos,
Mas abraço-me

Querem tirar minha Liberdade,
Mas não me escondo

Sou aquilo que sou,
E por isso grito
Mesmo que seja ao vento,
Porque não uso refúgios

Dói,
Cansa,
Chega a solidão,
E “fecho-me atrás d’um fecho”…

Fátima Porto

domingo, 10 de agosto de 2014

NO ECO DUM BÚZIO

NO ECO DUM BÚZIO

Guardei -o fundo
No mar do meu Ser,
Bem íntimo de minh’alma,
E coberto de saudades
Da praia onde o encontrei

Nas minhas recordações,
Navega seguro,
Como as areias quentes
Dos abraços perdidos de mim

Deixo-me levar em sonhos,
Aconchegando-me neles
Até adormecer,
Sem ouvir o meu eco

Em silêncio,
Visto memórias guardadas
Tentando reaver búzios perdidos,
Com um corpo despido de nada
Porém, aquecido serenamente,
Num abraço somente de mim…


Fátima Porto

TANTO

TANTO

Quantos beijos ficaram por dar,
Carinhos adormecidos nas mãos,
No meio de abraços

Quanto ficou por dizer,
Na leitura dos olhares
Que podiam ser escritos

Quanta saudade lembrada,
Sem lágrimas num colo vazio,
E vontade de gritar com voz abafada

Oh tanto
E até quando...

Fátima Porto

sábado, 9 de agosto de 2014

PAIXÃO SEM PALAVRAS

PAIXÃO SEM PALAVRAS

Teu enleio
Num beijo,
Faz deslizar minha cabeça
Em ombro nu, quente,
Que afaga nossa paixão

Que desejo,
No momento
De nosso querer,
Em carícias retidas,
Caladas, sussurradas,
No extravasar incontido

Não se ouvem palavras,
Apenas o bater de corações
De júbilo ansiado,
Subtilmente alcançado

Oh doces sensações,
Quisera voar no tempo,
E levar de mim p’la distância,
Em ternuras de ardor,
Escritas no silêncio…

Fátima Porto

PROCURO EM NADA

PROCURO EM NADA

Passo a passo,
Pés marcados
Na fina areia molhada,
Procuro nada, na solidão da praia,
E num silêncio
Sem respostas

Como sombra que persegue
Nada sou em mim
No encontro do pensamento,
Que atordoa
Inebriando minha alma

Oh mar
De meu encantamento,
Não apagues as marcas que abandono,
Na fina areia molhada

Deixa rolar a espuma,
Como rendas de teu tear,
Fazendo soltar malhas
Pois são lágrimas da minh’alma...

Fátima Porto

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

PORTA ABERTA

PORTA ABERTA

Vem de leve,
Pois vou deixar a porta aberta
Para poderes entrar

Não haverá desculpas,
Nem chave para fecha-la,
Porque te quero
Só comigo

Invade levemente

Psiu… não faças barulho,
Porque posso já estar a sonhar
Com tuas doçuras

Uma porta aberta
Para o amor,
Incansavelmente desejado,
Num quarto onde não existem horas,
Mas apenas o nosso mundo

Encosta a porta,
Enlaça-me no teu calor,
Não em sonhos, sonhado,
Mas num presente concretizado…

Fátima Porto

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

EM SONHOS

EM SONHOS

Oh como escrevo
Todo o sentimento que sinto,
Deixando meu pensamento voar,
Quando para ti olho

Mas se vejo tua boca,
Sinto-me beijada, desnudada

E sempre que adormeço,
São de tal forma meus sonhos,
Que nem ouso falar,
Pois eu mesma estremeço

Tua voz ao ouvido sussurra,
Palavras com sabor a mar,
Estreitado no calor de um abraço,
Num brinde único, para amar

E nossos corpos abrigam
Tais fragrâncias
Como amantes,
Desde que anoitece
Até a manhã raiar,
Perdidos numa praia,
Ainda por inventar…

Fátima Porto

BEIJO NUM MOMENTO ENCONTRADO

BEIJO NUM MOMENTO ENCONTRADO

Sentimentos aproximam-se,
Um beijo pede-se
Sem falar,
E se dá envolvido,
Carente,
Perdido
Na nostalgia do momento

De olhos fechados
Vive-se
O instante,
Perdido no tempo,
No doce ensejo,
Para nunca esquecer

Oh, como quero teu beijo,
Sentir o calor
Do toque dos lábios,
Onde línguas passeiam
Pelo corpo,
Voar em teus braços
Num lugar amado

Vem junto a mim
Pediremos o beijo
Que consumirá o fogo
Em nós trazidos

Vem,
No beijo calado,
Sentido, querido,
Como se fosse o último,
Docemente gozado
Porém não olvidado no tempo….

Fátima Porto

DESEJO

DESEJO

Desejo de querer,
De vontades,
Sentindo tua presença

Desejo de beijos,
De um olhar consentido
No teu abraço

Desejos de ter-te
Colado a mim,
No vibrar da paixão

Desejo de ouvir
Em doces murmúrios,
Calar minha boca

Desejos no tempo,
Sem noites nem dias,
Numa demora sem prazo

Desejo de nós
Em silêncios calados
E … no amor desnudados…

Fátima Porto

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

SERENIDADE

SERENIDADE

Promessas ditas,
Almas caladas,
Em beijos esperados

Frenesis sossegam-se
Nas mãos dadas em silêncio,
Pelo nosso momento
Onde o tempo não é certo,
Mas que virá um dia

Teus lábios queimam junto aos meus
Na ansiedade de tudo querer,
Pois olhares falam mais
Que nossas bocas em silêncio

Corpos colados num abraço
Num sentir de corações acelerados,
Para que meu tiritar não se revele
De tanta paixão que existe

Quanta calma vive na Alma,
E a serenidade passeia em nós….


Fátima Porto

SIM...

SIM…

Sim,
Quero sentir o teu abraço
Leve, suave
Que me envolvas

Sim,
Sentir as tuas mãos
Num aperto doce no meu corpo
Colando ao teu

Sim,
O desejo e a vontade
De dois seres se fundirem
Fazendo extravasar o amor

Sim,
Não quero perder nosso sonho
Que nunca fez ter promessas
Mas que nos une ainda mais

Sim,
Como faz falta o calor do abraço…

Fátima Porto


terça-feira, 5 de agosto de 2014

COMO RESISTIR

COMO RESISTIR

Como resistir,
Se sentimentos abafados
Deixam no peito uma dor?

Como resistir,
Se asfixio minhas lágrimas
Para que se veja meu sorriso?

Como resistir,
Se fecho os olhos
Porque a boca fala
O contrário que eles querem?

Como resistir,
A vontade e desejo
Do calor num abraço contido?

Como resistir,
Em lábios suaves
Um beijo com sabor a escasso?

Como resistir…

Fátima Porto

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

SEGREDOS

SEGREDOS

Bocas que falam
Num significado da alma
Que arrepia,
Sentindo sem olhar

Dedos que não têm segredos
Em nossos corpos nus
Na emoção do silêncio

Queremo-nos,
Em louco desejo,
Onde o segredo não tem culpa
Pois em amor
É fascínio sem proibição…

Fátima Porto

JANELA DE POESIA

JANELA DE POESIA

Janela dos meus encantos,
Por onde ela vagueio
Num doce imaginar

Uma brisa
Toca meu rosto,
Como carícias tuas
Trazidas pela saudade

Olho o mar,
Serenamente,
Como quem espera mensagens,
Trazidas p’la espuma das ondas
À areia fina da praia

Meu pensamento voa,
E nada encontra,
Apenas uma meiga fantasia,
Através dum encanto
Que faz de ti
Minha Poesia...

Fátima Porto

domingo, 3 de agosto de 2014

QUERO TER

QUERO TER

Ah como te quero ter
Nas minhas mãos
Todo o sol que me viu,
E que aqueceu

Sentir o seu calor
Ao entardecer
Quando os pensamentos voam

Como o quero ter...

Desde a praia,
Ao planalto,
Da savana,
Ou mesmo ao deserto,
O sol quente d’ Angola
Como quero voltar a ter

Irei guardar-te
Nas minhas pequenas mãos
Para nunca mais te perder…


Fátima Porto

PENSO...

PENSO…

Tanto que penso em ti
Que me sinto oca
Sem te ter comigo

Tudo perde a importância
Quando os dias se alteram
P’lo silêncio das noites,
Abandonada,
E rodeada de solidão

Confio no tempo,
Numa doce e suave brisa
Que irá trazer caricias tuas

Vou acalentando em sonhos,
Tua doce sedução
Na tua suave voz…

Fátima Porto

SOU...

SOU…

Sou Poesia que nada vê
Em papel branco,
Um poema oculto
Em sentimentos calados
De um amor secreto

Sim, sou apenas alguém
Que querer amar sem amarras…

Fátima Porto

sábado, 2 de agosto de 2014

SENTIMENTOS

SENTIMENTOS

Um passo na imaginação,
Soltam-se dizeres
Num querer em vontades,
De se abraçar emoções

Uma boca que cala,
Sentimentos que se vêm
Numa voz que arrepia
Em lágrimas tolhidas no rosto

Um amor sentido,
Num olhar profundo
Um desejo de ter e ser,
Na distância que faz separar

Uma Saudade na Alma
Com meias palavras segredadas…

Fátima Porto

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

ESPERA-ME

ESPERA-ME

Acredito que me aguardes
Em um lugar qualquer,
Durante o luar das noites,
E pelas madrugadas
Até o dia murmurar

Aguarda-me,
Porque estás em meus pensamentos
E enquanto houver esperança,
Nenhum sonho estará perdido,
Mesmo na lembrança de teus caminhos

Aguarda-me,
Apesar de todas as dificuldades,
Nas manhãs tristes,
És o meu sol a brilhar,
E em teus braços, o meu aconchego

Se me falta ânimo,
Dás-me coragem
E o medo desfaz-se
Porque o amor é assim:
Principio, meio e nunca tem fim

Por isso, aguarda-me…

Fátima Porto

CAIS DE ESPERA

CAIS DE ESPERA

Abraçando o presente
No cais do futuro
Sinto calor na brisa que passa
Onde leves murmúrios teus
Encantam o espírito
Que me faz olhar o horizonte

Quero-te como fogo que incendeia almas
De loucos desejos insaciáveis,
Beijos num apetecer em sorrisos doces

Ah como abraço em sonhos, teus braços,
Calor que o corpo nu irradia,
Criando a presença num extravasar d'emoções
Em ausência na distância amargurada

Aguardo no silêncio da alma
Teu regresso que auguro seja rápido
Pois meu coração não suporta tal tristeza
Sem tua voz meiga sussurrando
Que me queres,
E que sou a tua amada….


Fátima Porto

ESCONDERAM-SE AS PALAVRAS