
Brinco na terra
Em pó que me enche o corpo
N’alegria de ser criança
Ultrapasso limites
Nas lixeiras dos crescidos
De lagoas inventadas
Lavo-me na chuva da brisa
Fresca como nuvens que passam
D’um céu azul sem fim
Olho em meu redor
E sinto uma grande dor
Senão meus olhos choravam
Por sofrer tanto assim
Sou criança calada
Mas os crescidos calam também….
Fátima Porto
Fotografia de: Adalberto Gourgel
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