quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

NAS MINHAS MÃOS




Estendo as mãos
e estão vazias.
Um grito
Aperta-me o peito
Abraço-me!

Olho-me ao espelho
As minhas mãos
Continuam vazias...

Sento-me no chão
e sinto frio

Frio, tanto frio...
Mas as minhas mãos
Continuam vazias

Solta-se um grito sufocado
Meu corpo estremece
como de um acordar

Vibra de emoção
suado,
Como depois de amar...
De ser amada...

E as minhas mãos?

Cheias de Amor
Como Eu…



Fátima Porto
ATENÇÃO: Texto registado e protegido pelo IGAC

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