PALAVRAS EM CORRENTES
Lavam-se as palavras,
Nuas,
Cor de fel,
Para não doerem
Gosto amargo,
Nos silêncios de olhares fugazes,
Enquanto se cala,
Num tempo perdido
Oh, quantas palavras por dizer,
Em olhos que se fecham,
E que não vêem o clamor da Alma
Ah palavras, que se acorrentam,
Elo a elo,
Em sentimentos surgidos
Quase de magia
Correntes que prendem,
Unem,
Um todo e em tudo,
Querendo,
Desejando com ardor
Palavras, que uma a uma,
Desenham e desabrocham
O fascínio do Amor
Elos de um tempo achado,
Mesmo em silêncio dos olhares,
Não murchem nas palavras,
Nem se partam
Pois os beijos falam
No aconchego d’um abraço...
Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC
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