PROCURO EM NADA
Passo a passo,
Pés marcados
Na fina areia molhada,
Procuro nada, na solidão da praia,
E num silêncio
Sem respostas
Como sombra que persegue
Nada sou em mim
No encontro do pensamento,
Que atordoa
Inebriando minha alma
Oh mar
De meu encantamento,
Não apagues as marcas que abandono,
Na fina areia molhada
Deixa rolar a espuma,
Como rendas de teu tear,
Fazendo soltar malhas
Pois são lágrimas da minh’alma...
Fátima Porto
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