OLHAR TRISTE
Teu olhar esvai-se,
Como o tempo
Livre no horizonte
Panos negros te envolvem
Porque sombria está tua alma
Entre lágrimas que já secaram
Mulher da minha terra,
Que de panos traçados
Enrolas-te como em abraços,
Com o teu olhar, perdido em nada
Mesmo na tristeza mostras encanto,
Como o cheiro da terra vermelha
Sacudida pela aragem quente,
Em deliciosa perfeição
Fazendo-se envolver na tua amargura
Em que brisas do vento
Teus pensamentos se dispersam,
Triste mulher da minha terra?
Fátima Porto
Fotografia de David M Oliveira
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