SENTIR EM MIM
Vejo,
O que em mim resguardo,
No silêncio da noite
Quando o meu pensamento voa
Quero,
Correr leve como a brisa,
Esvoaçar ao vento,
Abrir os braços e ser capaz gritar
Sinto,
Teu descansar em meu regaço,
Sem palavras, mas em ardor,
No sossego de nós dois
Oiço,
Tua voz num enleio,
Cingindo-me ao teu corpo,
Em labaredas de paixão
Caminho,
Em nosso leito d’amor,
Nos lençóis de teu perfume,
E enrugados nos beijos dados
Choro,
Lágrimas que queimam o peito,
De toda uma saudade profunda,
Como o mar imenso,
Que se perde no horizonte
E lá fora a brisa
Passa ligeira,
Falando do nosso amor...
Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC
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