ANGOLANA
Fervilha nas veias
Ao som dos batuques,
Em sabor do óleo a escorrer
E no pirão e peixe seco,
Um corpo torneado de mulher
Marimbas e kissanges,
Ouvem-se
P’la lua mensageira,
De Norte a Sul
Por uma Terra tão grande
É com cheiro do café
Em nuvens de algodão,
Nos enfeites de sisal
E no baloiço das cinturas,
Que o pó do terreiro se levanta
Ao bater cadenciado dos pés
Às cores vivas de missangas,
Misturam-se,
Os panos que cobrem teus seios,
Deixando pulsar o coração
Na voz da canção d’um Povo...
Fátima Porto
quinta-feira, 31 de julho de 2014
SER POETA
SER POETA
Soletro palavras escritas
Do meu sentimento,
Em boca fechada,
Deixando minh'alma falar,
Com folhas brancas
Salpicadas de paixão
Mágoas tristes
Molhadas com lágrimas,
Num sentimento inquieto
Nas palavras caladas
Ah, quem me dera ser poeta
Ter nas mãos expressões
Que nascessem da alma
Se fosse poeta,
Largava meu coração ao vento
D'uma fantasia real...
Fátima Porto
Soletro palavras escritas
Do meu sentimento,
Em boca fechada,
Deixando minh'alma falar,
Com folhas brancas
Salpicadas de paixão
Mágoas tristes
Molhadas com lágrimas,
Num sentimento inquieto
Nas palavras caladas
Ah, quem me dera ser poeta
Ter nas mãos expressões
Que nascessem da alma
Se fosse poeta,
Largava meu coração ao vento
D'uma fantasia real...
Fátima Porto
quarta-feira, 30 de julho de 2014
QUE SERÁ
QUE SERÁ
Calo meus olhos
No silencio dos sentimentos,
Com lágrimas de culpa
Querendo voar na escuridão
Fecho-os e sinto,
As mais suaves lembranças
Pairando p'la brisa,
Fazendo meus cabelos esvoaçar
Ilusões, sonhos,
Quereres, desejos,
Ou simplesmente utopias vãs...
Fátima Porto
Calo meus olhos
No silencio dos sentimentos,
Com lágrimas de culpa
Querendo voar na escuridão
Fecho-os e sinto,
As mais suaves lembranças
Pairando p'la brisa,
Fazendo meus cabelos esvoaçar
Ilusões, sonhos,
Quereres, desejos,
Ou simplesmente utopias vãs...
Fátima Porto
SEPARAÇÃO
SEPARAÇÃO
Saudades que guardo de ti,
O mesmo que da terra molhada,
És o calor que sonho
Logo ao amanhecer,
Como o ar que respiro
Nas praias que invento
De águas calmas, suaves,
Sinto a brisa que passa
Tocando no meu rosto,
Pois de tantas saudades ter
Convenço-me serem beijos teus
Oh Terra que deixei um dia
Que de saudades não calo,
Não cortarei raízes minhas,
Nem a dor que nos separa…
Fátima Porto
Saudades que guardo de ti,
O mesmo que da terra molhada,
És o calor que sonho
Logo ao amanhecer,
Como o ar que respiro
Nas praias que invento
De águas calmas, suaves,
Sinto a brisa que passa
Tocando no meu rosto,
Pois de tantas saudades ter
Convenço-me serem beijos teus
Oh Terra que deixei um dia
Que de saudades não calo,
Não cortarei raízes minhas,
Nem a dor que nos separa…
Fátima Porto
ESCONDEU-SE A POESIA
ESCONDEU-SE A POESIA...
Escondeu-se a Poesia,
Numa camisa de forças da cidade
Recusando-se à imaginação
Com o apagar do pôr do sol
Escondeu-se a Poesia,
Em laboratórios, ou palestras,
Enquanto as palavras choram
Numa insatisfação delirante
Escondeu-se a Poesia,
De vestes rasgadas,
Cabelos em desalinho,
Num olhar assustado
Por uma viela qualquer
Escondeu-se a Poesia,
No fogo em ardor,
Espalhando faíscas à inspiração
Numa vida abafada
Mas sem a Poesia,
Resta apenas pó,
E a procura d’uma jura de Vida...
Fátima Porto
Escondeu-se a Poesia,
Numa camisa de forças da cidade
Recusando-se à imaginação
Com o apagar do pôr do sol
Escondeu-se a Poesia,
Em laboratórios, ou palestras,
Enquanto as palavras choram
Numa insatisfação delirante
Escondeu-se a Poesia,
De vestes rasgadas,
Cabelos em desalinho,
Num olhar assustado
Por uma viela qualquer
Escondeu-se a Poesia,
No fogo em ardor,
Espalhando faíscas à inspiração
Numa vida abafada
Mas sem a Poesia,
Resta apenas pó,
E a procura d’uma jura de Vida...
Fátima Porto
terça-feira, 29 de julho de 2014
POR TI MUDEI
POR TI MUDEI
Vida moldada é a minha
Conhece quem em meus caminhos caminha
Não sou a mesma pessoa
Eu não amava verdadeiramente
Agora amo…
Quem diria!
Houve uma transformação em mim
Mudei,
Ao ser o vinho que te aquece
Com meu aroma e sabor,
Em prazer d'um desejo proibido
Que ganhou liberdade
Mudei
Ao seres minha fragrância
E eu sua flor
Num abraço dado a nu
Onde a imaginação
Tem contacto com a realidade.
Autores: Fátima Porto e Fortuna Vitangui Milionáriio De Palavras.
Vida moldada é a minha
Conhece quem em meus caminhos caminha
Não sou a mesma pessoa
Eu não amava verdadeiramente
Agora amo…
Quem diria!
Houve uma transformação em mim
Mudei,
Ao ser o vinho que te aquece
Com meu aroma e sabor,
Em prazer d'um desejo proibido
Que ganhou liberdade
Mudei
Ao seres minha fragrância
E eu sua flor
Num abraço dado a nu
Onde a imaginação
Tem contacto com a realidade.
Autores: Fátima Porto e Fortuna Vitangui Milionáriio De Palavras.
DIZ-ME
DIZ-ME
Diz-me,
Que o tempo somos nós
Espalhados em pedaços
Dos abraços no momento
Diz-me,
Que a linha do tempo
Atada ao que fomos,
E solta ao que seremos,
Na transformação futura
Diz-me,
Que a verdade dita
Através do olhar,
Se aconchega no peito
Diz-me,
Que o coração em ardor
Quase explode,
E outras vezes se encolhe,
Por cada palavra tua
Diz-me,
Que te ouvirei com atenção...
Fátima Porto
Diz-me,
Que o tempo somos nós
Espalhados em pedaços
Dos abraços no momento
Diz-me,
Que a linha do tempo
Atada ao que fomos,
E solta ao que seremos,
Na transformação futura
Diz-me,
Que a verdade dita
Através do olhar,
Se aconchega no peito
Diz-me,
Que o coração em ardor
Quase explode,
E outras vezes se encolhe,
Por cada palavra tua
Diz-me,
Que te ouvirei com atenção...
Fátima Porto
SABEMOS
SABEMOS
Quando não estás presente
Todos os meus sentidos procuram-te
Porque és minha saudade
Sou o momento de dor
E de alegria,
A lágrima da despedida
Ou o sorriso na ânsia da espera
Como gosto de fechar os olhos,
Esquecer-me do tempo,
Das horas,
Sabendo apenas
Que somos a partida
E a chegada
Do nosso amor...
Fátima Porto
Quando não estás presente
Todos os meus sentidos procuram-te
Porque és minha saudade
Sou o momento de dor
E de alegria,
A lágrima da despedida
Ou o sorriso na ânsia da espera
Como gosto de fechar os olhos,
Esquecer-me do tempo,
Das horas,
Sabendo apenas
Que somos a partida
E a chegada
Do nosso amor...
Fátima Porto
segunda-feira, 28 de julho de 2014
APETECE-ME
APETECE-ME
Teus beijos doces
Que embalam o repouso
Na vontade serena
De juntos estarmos
Em tão grande amor
Olhares que percorrem
Caminhos secretos
E mãos que leem
O sentir dos corpos
No encaixe perfeito
Quero adormecer
Em teu abraço
E sentir no silêncio
O calor do ardor
Suavemente sorrindo…
Fátima Porto
Teus beijos doces
Que embalam o repouso
Na vontade serena
De juntos estarmos
Em tão grande amor
Olhares que percorrem
Caminhos secretos
E mãos que leem
O sentir dos corpos
No encaixe perfeito
Quero adormecer
Em teu abraço
E sentir no silêncio
O calor do ardor
Suavemente sorrindo…
Fátima Porto
PRIMEIRO BEIJO
PRIMEIRO BEIJO
Olhos que falam
Bocas caladas
A medo pedindo
Beijo
De encanto
Suave delícia
Meigo, desejado
Bocas coladas
Doce arrepio
Sentindo teu corpo
No calor da paixão
Do primeiro beijo
Voa-se na brisa
Flutuando em marés
D'um barco encantado
Sentindo ainda
O beijo roubado...
Fátima Porto
Olhos que falam
Bocas caladas
A medo pedindo
Beijo
De encanto
Suave delícia
Meigo, desejado
Bocas coladas
Doce arrepio
Sentindo teu corpo
No calor da paixão
Do primeiro beijo
Voa-se na brisa
Flutuando em marés
D'um barco encantado
Sentindo ainda
O beijo roubado...
Fátima Porto
LAVO-ME
LAVO-ME
Lavo minhas lágrimas de tristeza
Num mar que não tem fim
Lavo a alma dilacerada
Em marés calmas
Lavo minha solidão
Na espuma das ondas
Lavo minhas esperanças
Em praias que invento
Lavo a brisa que corre mansinho
Com cheiro do por do sol
Lavo meu corpo na imaginação
Em doces águas com sabor salgado
Lavo-me em saudades doridas
D’uma Angola ao entardecer …
Fátima Porto
Lavo minhas lágrimas de tristeza
Num mar que não tem fim
Lavo a alma dilacerada
Em marés calmas
Lavo minha solidão
Na espuma das ondas
Lavo minhas esperanças
Em praias que invento
Lavo a brisa que corre mansinho
Com cheiro do por do sol
Lavo meu corpo na imaginação
Em doces águas com sabor salgado
Lavo-me em saudades doridas
D’uma Angola ao entardecer …
Fátima Porto
domingo, 27 de julho de 2014
QUANDO...
QUANDO…
Quando a saudade chega,
Uma lágrima rola,
As palavras calam no silêncio,
O corpo arrefece
Sentindo a falta d’um carinho
Quando,
Tudo se torna ausente no presente,
Até as mãos e o regaço
Outrora cheios de tudo,
Agora estão vazios de nada…
Fátima Porto
Quando a saudade chega,
Uma lágrima rola,
As palavras calam no silêncio,
O corpo arrefece
Sentindo a falta d’um carinho
Quando,
Tudo se torna ausente no presente,
Até as mãos e o regaço
Outrora cheios de tudo,
Agora estão vazios de nada…
Fátima Porto
sábado, 19 de julho de 2014
MÚSICA SÓ
MÚSICA SÓ
Alma triste
Num corpo só,
Entoa melodias
De lágrimas abafadas
Ficam gravadas no corpo
Para sempre guardadas,
Aprisionadas,
Como seus sentimentos
Nem ventos,
E nem o silêncio das noites,
Calará o tema triste
Que nunca fará chorar...
Fátima Porto
Alma triste
Num corpo só,
Entoa melodias
De lágrimas abafadas
Ficam gravadas no corpo
Para sempre guardadas,
Aprisionadas,
Como seus sentimentos
Nem ventos,
E nem o silêncio das noites,
Calará o tema triste
Que nunca fará chorar...
Fátima Porto
SOU ASSIM
SOU ASSIM
Sou imperfeita,
Quando não brilho,
Que calo,
Não dizendo o que sinto
Sou assim,
Alegria e tristeza, intensas,
Instabilidade e segurança,
Porém sem ansiedade
Contudo queria dar-te o outro lado,
O melhor de mim,
Aquilo que oculto
Mas que os meus olhos falam
Sou assim,
Num dar e receber
Continuo,
Por ti e por mim
Sou assim…
Fátima Porto
Sou imperfeita,
Quando não brilho,
Que calo,
Não dizendo o que sinto
Sou assim,
Alegria e tristeza, intensas,
Instabilidade e segurança,
Porém sem ansiedade
Contudo queria dar-te o outro lado,
O melhor de mim,
Aquilo que oculto
Mas que os meus olhos falam
Sou assim,
Num dar e receber
Continuo,
Por ti e por mim
Sou assim…
Fátima Porto
sexta-feira, 18 de julho de 2014
ESPELHOS
Como não desviar meu olhar
De teus olhos negros brilhantes,
Transparentes,
Cristalinos de pura atração
Tentei evitar
Para não os encontrar,
Em sussurros de paixão
Espelhados nuns olhos sedentos
Tantas palavras largadas ao chão
Num prazer delirante,
Mergulhados no olhar
De intenso amor
Nossos olhares,
Espelhos límpidos,
Que falaram por nós...
Fátima Porto
Como não desviar meu olhar
De teus olhos negros brilhantes,
Transparentes,
Cristalinos de pura atração
Tentei evitar
Para não os encontrar,
Em sussurros de paixão
Espelhados nuns olhos sedentos
Tantas palavras largadas ao chão
Num prazer delirante,
Mergulhados no olhar
De intenso amor
Nossos olhares,
Espelhos límpidos,
Que falaram por nós...
Fátima Porto
quinta-feira, 17 de julho de 2014
LEQUE
LEQUE
Leque,
Do calor que sinto,
Dispo meus sentimentos
Que do corpo transborda,
Nas roupas caídas no chão
Leque,
Que faz transparecer emoções
Na vontade e querer,
Em desejo de ter
No sublime suspiro,
Como carícias
D’um beijo
Leque,
Ao encobrir do olhar
Da ténue nudez,
Prevê-se
Na penumbra do dia,
Como quem espera
Em ardor distante…
Fátima Porto
Leque,
Do calor que sinto,
Dispo meus sentimentos
Que do corpo transborda,
Nas roupas caídas no chão
Leque,
Que faz transparecer emoções
Na vontade e querer,
Em desejo de ter
No sublime suspiro,
Como carícias
D’um beijo
Leque,
Ao encobrir do olhar
Da ténue nudez,
Prevê-se
Na penumbra do dia,
Como quem espera
Em ardor distante…
Fátima Porto
AGORA
AGORA
Não digas nada,
Apenas abraça-me
E murmura teus carinhos
Deixando o aroma na roupa,
No meu corpo,
Em minhas saudades
Vem,
Acabando de seres distância
E seres presença agora,
Vem ter comigo
Agora…
Fátima Porto
Não digas nada,
Apenas abraça-me
E murmura teus carinhos
Deixando o aroma na roupa,
No meu corpo,
Em minhas saudades
Vem,
Acabando de seres distância
E seres presença agora,
Vem ter comigo
Agora…
Fátima Porto
VONTADE DE TI
VONTADE DE TI
Silêncios,
Toques,
Queres,
Vontades
Sem palavras,
Bastando olhares
Bocas que se beijam,
Línguas se sentem,
Num pensamento na distância,
E corpos que se unem,
Vibram,
Gemidos de amor numa só voz
E cansados na noite
Repousam,
De corações acelerados…
Fátima Porto
Silêncios,
Toques,
Queres,
Vontades
Sem palavras,
Bastando olhares
Bocas que se beijam,
Línguas se sentem,
Num pensamento na distância,
E corpos que se unem,
Vibram,
Gemidos de amor numa só voz
E cansados na noite
Repousam,
De corações acelerados…
Fátima Porto
quarta-feira, 16 de julho de 2014
TRISTEZA
TRISTEZA
Tristeza,
Que consome a Alma
E não me deixas sorrir
Trazes contigo
Dor em silêncio
A mortalha do corpo
Quero esquecer,
E fechar os olhos,
Como rasgar as folhas,
D’um livro
Ainda mal começado
Tristeza,
Fazes secar uma fonte
Quase sem água
Tudo em mim
Parou,
E se fechou
Na penumbra,
À espera de forças
Para recomeçar sem mágoas…
Fátima Porto
Tristeza,
Que consome a Alma
E não me deixas sorrir
Trazes contigo
Dor em silêncio
A mortalha do corpo
Quero esquecer,
E fechar os olhos,
Como rasgar as folhas,
D’um livro
Ainda mal começado
Tristeza,
Fazes secar uma fonte
Quase sem água
Tudo em mim
Parou,
E se fechou
Na penumbra,
À espera de forças
Para recomeçar sem mágoas…
Fátima Porto
SENSAÇÕES
SENSAÇÕES
Trilho por pétalas
Ao passar,
Por aspectos que aspiro,
Em todas as vontades esperadas
Atingir odores
Que subtilmente se misturam
Nos pensamentos dos desejos
Em realidades dos sonhos
Fragrâncias de ter,
Sensação de ser,
Num corpo com sede
Em paixão por saciar…
Fátima Porto
Trilho por pétalas
Ao passar,
Por aspectos que aspiro,
Em todas as vontades esperadas
Atingir odores
Que subtilmente se misturam
Nos pensamentos dos desejos
Em realidades dos sonhos
Fragrâncias de ter,
Sensação de ser,
Num corpo com sede
Em paixão por saciar…
Fátima Porto
ESPECIAL
ESPECIAL
Pessoas que nos falam ao ouvido
Sem nunca as termos conhecido
Pessoas com sentimentos reais
Cujas palavras nunca são demais
Versos cheios de intento
que nos fazem parar por um momento
Bruno Caratão
Agradeço-te com um beijinho do coração
Pessoas que nos falam ao ouvido
Sem nunca as termos conhecido
Pessoas com sentimentos reais
Cujas palavras nunca são demais
Versos cheios de intento
que nos fazem parar por um momento
Bruno Caratão
Agradeço-te com um beijinho do coração
terça-feira, 15 de julho de 2014
VELHO BARCO
VELHO BARCO
Tábuas velhas
Corroídas de angústias,
Num casco sem alma
Das tempestades perdidas
Velas não içadas
Nas lágrimas da chuva,
Já que se partiram os mastros
E as gaivotas voaram,
Na tristeza da solidão
Teu porto seguro
Há muito que se perdeu no horizonte,
E hoje esquecido,
Restam-te pedaços,
Apenas destroços,
Que só trazem à memória,
Tempos idos de glória...
Fátima Porto
Tábuas velhas
Corroídas de angústias,
Num casco sem alma
Das tempestades perdidas
Velas não içadas
Nas lágrimas da chuva,
Já que se partiram os mastros
E as gaivotas voaram,
Na tristeza da solidão
Teu porto seguro
Há muito que se perdeu no horizonte,
E hoje esquecido,
Restam-te pedaços,
Apenas destroços,
Que só trazem à memória,
Tempos idos de glória...
Fátima Porto
TOQUE DE LEVE
TOQUE DE LEVE
Estendi minha mão
Cheia de tudo
Para o sabor do abraço
Um calor que estremece
Na raiz da alma
Que se estende pela seiva de emoções
Pousas ao de leve
Sussurrando pela brisa
Toques de ardor
E voas
Para bem longe
Deixando a saudade no ar
E na minha mão a beleza
D’uma tristeza de nada…
Fátima Porto
Estendi minha mão
Cheia de tudo
Para o sabor do abraço
Um calor que estremece
Na raiz da alma
Que se estende pela seiva de emoções
Pousas ao de leve
Sussurrando pela brisa
Toques de ardor
E voas
Para bem longe
Deixando a saudade no ar
E na minha mão a beleza
D’uma tristeza de nada…
Fátima Porto
TEMPO SÓ
TEMPO SÓ
Na solidão do meu quarto
As horas voam no tempo
Marcadas num relógio sem ponteiros
Minutos que se esvaem por janelas trancadas,
Em segundos, por paredes vazias de nada,
Onde os silêncios se entrelaçam na brisa
Que escorrega nos degraus de lágrimas
O momento assinala mistérios
Vividos no tempo,
Pois abafaram a memória
Se algum dia podia ter existido...
Fátima Porto
Na solidão do meu quarto
As horas voam no tempo
Marcadas num relógio sem ponteiros
Minutos que se esvaem por janelas trancadas,
Em segundos, por paredes vazias de nada,
Onde os silêncios se entrelaçam na brisa
Que escorrega nos degraus de lágrimas
O momento assinala mistérios
Vividos no tempo,
Pois abafaram a memória
Se algum dia podia ter existido...
Fátima Porto
segunda-feira, 14 de julho de 2014
SONO
SONO
Minha cama é macia,
Veludo como uma brisa
Aconchego-me em lençóis de ternura
Pousando a cabeça
Numa almofada de esperança
E sonho com flores em redor,
Para perfumar minha dor…
Fátima Porto
Minha cama é macia,
Veludo como uma brisa
Aconchego-me em lençóis de ternura
Pousando a cabeça
Numa almofada de esperança
E sonho com flores em redor,
Para perfumar minha dor…
Fátima Porto
VIDAS VIVIDAS
VIDAS VIVIDAS
Barbas brancas
Envelhecidas p’lo tempo,
Deixam transparecer
Um olhar vazio,
Mas carregado de vida
Nos velhos e cansados ombros
Contam histórias
As rugas do rosto,
E as lágrimas
Que ninguém viu chorar
Cala o silêncio
À ombreira da porta,
Num degrau de pedra,
Gasto e envelhecido
Mais um dia que amanhece
No desejo d’aquecer
Uma vida esquecida...
Fátima Porto
Barbas brancas
Envelhecidas p’lo tempo,
Deixam transparecer
Um olhar vazio,
Mas carregado de vida
Nos velhos e cansados ombros
Contam histórias
As rugas do rosto,
E as lágrimas
Que ninguém viu chorar
Cala o silêncio
À ombreira da porta,
Num degrau de pedra,
Gasto e envelhecido
Mais um dia que amanhece
No desejo d’aquecer
Uma vida esquecida...
Fátima Porto
LIVRO EM BRANCO
LIVRO EM BRANCO
Vou desfolhando recordações no presente
Durante o silêncio da noite,
Onde palavras mudas
Retratam pensamentos,
No livro da vida,
Em páginas soltas ainda brancas
Letras serão unidas p’la paixão,
Em odor de flores secas
Como marcas de um passado
Livro que esteve sempre fechado
Sem nada escrito,
Mas aberto apenas na memória,
Onde em perfume permaneceu
A vida fê-lo abrir
Para marcar um presente,
Já sem flores secas do passado,
Mas com o calor do pensamento,
Para abraçar o futuro
Lentamente,
Todas as letras transbordam
Para dar vida ao livro em branco...
Fátima Porto
Vou desfolhando recordações no presente
Durante o silêncio da noite,
Onde palavras mudas
Retratam pensamentos,
No livro da vida,
Em páginas soltas ainda brancas
Letras serão unidas p’la paixão,
Em odor de flores secas
Como marcas de um passado
Livro que esteve sempre fechado
Sem nada escrito,
Mas aberto apenas na memória,
Onde em perfume permaneceu
A vida fê-lo abrir
Para marcar um presente,
Já sem flores secas do passado,
Mas com o calor do pensamento,
Para abraçar o futuro
Lentamente,
Todas as letras transbordam
Para dar vida ao livro em branco...
Fátima Porto
domingo, 13 de julho de 2014
SEM VIDA
SEM VIDA
Deambulo
Na vida
De olhar vazio,
Como vento que passa
Nada dizendo
Solidão oca,
E meu corpo estremece
Procurando abrigo
Falar,
Não consigo,
Da minha tristeza
O mundo sou seu,
Com dor,
E sem vida…
Fátima Porto
Deambulo
Na vida
De olhar vazio,
Como vento que passa
Nada dizendo
Solidão oca,
E meu corpo estremece
Procurando abrigo
Falar,
Não consigo,
Da minha tristeza
O mundo sou seu,
Com dor,
E sem vida…
Fátima Porto
LUA MINHA
LUA MINHA
Quero-te para mim
Lua mágica,
D’encantar,
Que fazes transpareces
Meus sentimentos
Quero sentir-te
Como fosses minha,
Tesouro descoberto
P’los namorados
Namorar à tua luz,
Tem sabor especial,
Lua dos meus encantos,
Pois bem próxima
Sinto os teus afagos…
Fátima Porto
Quero-te para mim
Lua mágica,
D’encantar,
Que fazes transpareces
Meus sentimentos
Quero sentir-te
Como fosses minha,
Tesouro descoberto
P’los namorados
Namorar à tua luz,
Tem sabor especial,
Lua dos meus encantos,
Pois bem próxima
Sinto os teus afagos…
Fátima Porto
sábado, 12 de julho de 2014
ARDOR D'ENCANTO
ARDOR D’ENCANTO
Tira,
Roupa que cobre
Meu corpo nu
Entrelaça,
O calor do abraço
Na alma despida
Sente,
A fragrância da pele
No toque suave
Sussurra,
Em corações descompassados
De dois corpos colados
Beija,
Pedindo sem palavras
Roubando os sentidos
No ardor do encanto,
Rompem inquietos
As vontades abafadas,
E esquecendo o mundo lá fora…
Fátima Porto
Tira,
Roupa que cobre
Meu corpo nu
Entrelaça,
O calor do abraço
Na alma despida
Sente,
A fragrância da pele
No toque suave
Sussurra,
Em corações descompassados
De dois corpos colados
Beija,
Pedindo sem palavras
Roubando os sentidos
No ardor do encanto,
Rompem inquietos
As vontades abafadas,
E esquecendo o mundo lá fora…
Fátima Porto
SOU ANGOLANA
SOU ANGOLANA
Sentimentos que calam fundo,
Lavando toda uma saudade,
Na tristeza do olhar
Fervilha o sangue p’la distância,
Da terra quente ao sol por,
Que um dia me viu nascer
Imagens d’emoções
Vão e voltam,
Fazendo lágrimas rolarem
Raças, credos e religiões,
Tantas e sem distinções,
Pois p’ra minha grandeza
É alma de ser Angolana...
Fátima Porto
Sentimentos que calam fundo,
Lavando toda uma saudade,
Na tristeza do olhar
Fervilha o sangue p’la distância,
Da terra quente ao sol por,
Que um dia me viu nascer
Imagens d’emoções
Vão e voltam,
Fazendo lágrimas rolarem
Raças, credos e religiões,
Tantas e sem distinções,
Pois p’ra minha grandeza
É alma de ser Angolana...
Fátima Porto
sexta-feira, 11 de julho de 2014
FRAGRÂNCIAS
FRAGRÂNCIAS
Perfumes,
Para que servem,
Se mesmo à distância
Ainda sinto o teu aroma
Nem as mais belas flores
Contêm o teu cheiro
Vindo do beijo e p’lo anseio
Ventos trazem a fragrância de ti
Causando um calor que abafa,
No fresco silêncio do entardecer
Um abraço perdido em mim,
No murmurar suave da tua voz
Guardado em mim,
Faz acalentar minh’alma
São as asas perdidas da imaginação,
Que me fazem ficar mais perto,
Pois nossos cheiros se envolvem
Como o próprio Amor…
Fátima Porto
Perfumes,
Para que servem,
Se mesmo à distância
Ainda sinto o teu aroma
Nem as mais belas flores
Contêm o teu cheiro
Vindo do beijo e p’lo anseio
Ventos trazem a fragrância de ti
Causando um calor que abafa,
No fresco silêncio do entardecer
Um abraço perdido em mim,
No murmurar suave da tua voz
Guardado em mim,
Faz acalentar minh’alma
São as asas perdidas da imaginação,
Que me fazem ficar mais perto,
Pois nossos cheiros se envolvem
Como o próprio Amor…
Fátima Porto
OLHAR SIMPLES
OLHAR SIMPLES
Em olhos calados
Para lá da distância,
Bate o mar nas pedras da praia
Nuas, molhadas
Quero-me assim
Na saudade d’um infinito,
Desnudando minha alma
Na transparência de um ser
Que entende a distância
Meu rosto sente a brisa,
Que passa ao redor do corpo em liberdade,
Numa praia imaginada
Em que me deleito em prazer,
Talvez um dia sonhado
Desejo essa realidade
No fundo da minha alma,
Sem mágoas gravadas,
Mas com um simples e límpido olhar…
Fátima Porto
Em olhos calados
Para lá da distância,
Bate o mar nas pedras da praia
Nuas, molhadas
Quero-me assim
Na saudade d’um infinito,
Desnudando minha alma
Na transparência de um ser
Que entende a distância
Meu rosto sente a brisa,
Que passa ao redor do corpo em liberdade,
Numa praia imaginada
Em que me deleito em prazer,
Talvez um dia sonhado
Desejo essa realidade
No fundo da minha alma,
Sem mágoas gravadas,
Mas com um simples e límpido olhar…
Fátima Porto
quinta-feira, 10 de julho de 2014
MÚSICA
MÚSICA
Em ti me inspiro
Em acordes
Leves
Suaves
Como de um beijo
Ao acordar
Música nos meus sentidos
Em um abraço
Enternecido
De dois corpos
Unidos
Melodia singela
Mas que traz emoção
Batendo forte
O coração
Canto para esquecer
Minha tristeza
O refrão da saudade
Em tom piano
Pianíssimo
Quase sussurrando
Em voz embargada
Com mistura de lágrimas
Nesta solidão.
Fátima Porto
Em ti me inspiro
Em acordes
Leves
Suaves
Como de um beijo
Ao acordar
Música nos meus sentidos
Em um abraço
Enternecido
De dois corpos
Unidos
Melodia singela
Mas que traz emoção
Batendo forte
O coração
Canto para esquecer
Minha tristeza
O refrão da saudade
Em tom piano
Pianíssimo
Quase sussurrando
Em voz embargada
Com mistura de lágrimas
Nesta solidão.
Fátima Porto
ANGOLA
ANGOLA
Minha terra,
És um sonho desejado,
Solto no odor do sol escaldante,
E fresco
Como as águas calmas dos rios
Angola,
Qual flamingo coberto d’amor,
Voando em bando d’esperança
P’las nuvens de algodão
E agasalhado no aroma de café
Tu és meu devaneio
Na poesia da minh’alma,
Espalhada ao vento,
Sussurando às palmas das palmeiras
Quando o sol se põe
Angola,
Em cada palavra dita,
És um verso de quem sonha...
Fátima Porto
Minha terra,
És um sonho desejado,
Solto no odor do sol escaldante,
E fresco
Como as águas calmas dos rios
Angola,
Qual flamingo coberto d’amor,
Voando em bando d’esperança
P’las nuvens de algodão
E agasalhado no aroma de café
Tu és meu devaneio
Na poesia da minh’alma,
Espalhada ao vento,
Sussurando às palmas das palmeiras
Quando o sol se põe
Angola,
Em cada palavra dita,
És um verso de quem sonha...
Fátima Porto
quarta-feira, 9 de julho de 2014
NEGRO
NEGRO
De negro me vesti
À tua espera
Sem espera
De saudades
Pela presença
Sinto frio
Do abraço
Desejado
Nas vãs quimeras
Solidão
Tenho por companhia
Nas noites gélidas
De um Outono próximo
E negro
Olho à volta
E nada sinto,
Sentimentos se esvaindo
Negros,
Como as roupas que trago…
Fátima Porto
De negro me vesti
À tua espera
Sem espera
De saudades
Pela presença
Sinto frio
Do abraço
Desejado
Nas vãs quimeras
Solidão
Tenho por companhia
Nas noites gélidas
De um Outono próximo
E negro
Olho à volta
E nada sinto,
Sentimentos se esvaindo
Negros,
Como as roupas que trago…
Fátima Porto
SOL DA NOITE
SOL DA NOITE
Dá-me a tua mão
E vem espreitar o sol na noite
Entrar em noutra dimensão
Com luas cor de fogo
Que se separe o céu da terra
E se unam constelações
Para lá da via láctea
São paixões entrelaçadas
Guiadas por estrelas cadentes
De desejos ansiados
É fogo em brasa
Chama ardente
Que rasga a alma de quereres
Em por de sol escaldante
Teus ramos do abraço
Aquecem meu aconchego
Onde descanso em teu peito
Sem palavras de nosso desejo …
Fátima Porto
Dá-me a tua mão
E vem espreitar o sol na noite
Entrar em noutra dimensão
Com luas cor de fogo
Que se separe o céu da terra
E se unam constelações
Para lá da via láctea
São paixões entrelaçadas
Guiadas por estrelas cadentes
De desejos ansiados
É fogo em brasa
Chama ardente
Que rasga a alma de quereres
Em por de sol escaldante
Teus ramos do abraço
Aquecem meu aconchego
Onde descanso em teu peito
Sem palavras de nosso desejo …
Fátima Porto
terça-feira, 8 de julho de 2014
TUA FALTA
TUA FALTA
Vi-te quando partiste,
Ficou a saudade,
E como me fazes falta,
No sentir d’um vazio,
Na solidão
Como faz falta
O teu sentir,
O calor dos abraços,
Teus beijos,
O estar aqui, neste momento
Ah como me fazes falta,
Tanto, como o ar que respiro,
O sorriso no teu olhar
Nas noites que não durmo,
E fazendo amanhecer contigo
Como fazes falta,
No aconchego do entardecer
Ouvindo tua voz,
Olhos nos olhos
Fazes-me falta…
Fátima Porto
Vi-te quando partiste,
Ficou a saudade,
E como me fazes falta,
No sentir d’um vazio,
Na solidão
Como faz falta
O teu sentir,
O calor dos abraços,
Teus beijos,
O estar aqui, neste momento
Ah como me fazes falta,
Tanto, como o ar que respiro,
O sorriso no teu olhar
Nas noites que não durmo,
E fazendo amanhecer contigo
Como fazes falta,
No aconchego do entardecer
Ouvindo tua voz,
Olhos nos olhos
Fazes-me falta…
Fátima Porto
TERRA VERMELHA
TERRA VERMELHA
Oh terra vermelha,
Que quando fechei os olhos,
Minh’alma sentiu teu cheiro
Embargou-se a voz
Nas lágrimas que rolavam,
Levando para bem longe
Meu grito abafado
Apertei as mãos,
Para que o punhado de terra
Se embrenhasse,
Até ao mais profundo do meu âmago
Mas lentamente,
Deixei escorrer por entre os dedos
O pó da saudade
Do vermelho da terra que me viu nascer
Mas da minha mão,
O sentir,
O odor,
Jamais desaparecerão...
Fátima Porto
Fotografia de: Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC
Oh terra vermelha,
Que quando fechei os olhos,
Minh’alma sentiu teu cheiro
Embargou-se a voz
Nas lágrimas que rolavam,
Levando para bem longe
Meu grito abafado
Apertei as mãos,
Para que o punhado de terra
Se embrenhasse,
Até ao mais profundo do meu âmago
Mas lentamente,
Deixei escorrer por entre os dedos
O pó da saudade
Do vermelho da terra que me viu nascer
Mas da minha mão,
O sentir,
O odor,
Jamais desaparecerão...
Fátima Porto
Fotografia de: Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC
ENTREGA
ENTREGA
Escorrem
Areias por entre os dedos,
E algas tocam
Mansamente,
Uma vez que, não planeiam acordar
D’um sonho enredado
Deixo o corpo
Ao sabor das águas,
E que suave prazer
Invade-me
Ah quisera eu
Tuas mãos
Percorrerem
Em meu corpo,
Loucamente delicadas,
Por fascínio
Do desejo
Espraio-me
Em consolo,
Esboçando tua presença,
E entregando-me
À ausência do vazio...
Fátima Porto
Escorrem
Areias por entre os dedos,
E algas tocam
Mansamente,
Uma vez que, não planeiam acordar
D’um sonho enredado
Deixo o corpo
Ao sabor das águas,
E que suave prazer
Invade-me
Ah quisera eu
Tuas mãos
Percorrerem
Em meu corpo,
Loucamente delicadas,
Por fascínio
Do desejo
Espraio-me
Em consolo,
Esboçando tua presença,
E entregando-me
À ausência do vazio...
Fátima Porto
segunda-feira, 7 de julho de 2014
AMOR AO POR DO SOL
AMOR AO POR DO SOL
O sol se põe
Em cores quentes
Doces e amantes
A praia é nossa,
Molhamos os pés na água
Sentindo um arrepio
Fujo,
Mas uma onda molha meu corpo,
A roupa,
Deixando ver toda a volúpia,
E rolamos, como crianças,
Na areia molhada da praia
Um beijo longo, quente,
Entre carícias,
Aquece nossos corpos,
Enlouquecidos
O sol,
Mar,
São nossos cúmplices
Deste amor tão querido,
Apetecido
Beijos roubados,
Beijos loucos,
Onde nossas línguas
Entrelaçam-se,
Com sofreguidão
Tuas mãos,
Percorrem o corpo,
Por caminhos ainda escondidos
Na roupa molhada
Já não existe sol,
E o mar apenas observa
Dois corpos unidos
Nas rendas de espuma d’amor...
Fátima Porto
O sol se põe
Em cores quentes
Doces e amantes
A praia é nossa,
Molhamos os pés na água
Sentindo um arrepio
Fujo,
Mas uma onda molha meu corpo,
A roupa,
Deixando ver toda a volúpia,
E rolamos, como crianças,
Na areia molhada da praia
Um beijo longo, quente,
Entre carícias,
Aquece nossos corpos,
Enlouquecidos
O sol,
Mar,
São nossos cúmplices
Deste amor tão querido,
Apetecido
Beijos roubados,
Beijos loucos,
Onde nossas línguas
Entrelaçam-se,
Com sofreguidão
Tuas mãos,
Percorrem o corpo,
Por caminhos ainda escondidos
Na roupa molhada
Já não existe sol,
E o mar apenas observa
Dois corpos unidos
Nas rendas de espuma d’amor...
Fátima Porto
ETERNIDADE
ETERNIDADE
Olhá-mo-nos num silêncio tão doce,
Em que um mar de palavras foi dito,
Sem que os lábios se mexessem
E o abraço de tanto afago, e carinho
Como que a suavizar da ausência
Na dor da longa distância
Mas naquele preciso momento,
Os corações próximos e acelerados,
Inevitáveis juras de amor se fizeram,
Tão breve quão a eternidade...
Fátima Porto
Olhá-mo-nos num silêncio tão doce,
Em que um mar de palavras foi dito,
Sem que os lábios se mexessem
E o abraço de tanto afago, e carinho
Como que a suavizar da ausência
Na dor da longa distância
Mas naquele preciso momento,
Os corações próximos e acelerados,
Inevitáveis juras de amor se fizeram,
Tão breve quão a eternidade...
Fátima Porto
domingo, 6 de julho de 2014
AMOR IMPERFEITO
AMOR IMPERFEITO
Amor imperfeito,
Muito mais que perfeito,
Quando esquecemos defeitos
No tempo exacto
Fazendo as horas passar
Amor imperfeito,
É tão perfeito que faz sonhar,
No silêncio da noite,
Como uma melodia de carinhos
De quem anseia amar
Amor imperfeito,
Com falhas que o tornam completo,
Cabendo no peito,
No calor d’um abraço,
Já que é mesmo,
Perfeito...
Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC
Amor imperfeito,
Muito mais que perfeito,
Quando esquecemos defeitos
No tempo exacto
Fazendo as horas passar
Amor imperfeito,
É tão perfeito que faz sonhar,
No silêncio da noite,
Como uma melodia de carinhos
De quem anseia amar
Amor imperfeito,
Com falhas que o tornam completo,
Cabendo no peito,
No calor d’um abraço,
Já que é mesmo,
Perfeito...
Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC
PALAVRAS PARA ANGOLA
PALAVRAS PARA ANGOLA
Vou até ti,
Minha Terra
Em aviões de imaginação
Recordações de juventude
Que trazem saudades,
Dos dias vividos
E emoções sentidas
Mando-te palavras d’alma
Com a beleza das acácias,
E de lágrimas empoeiradas
P’la terra vermelha crestada
Mando-te palavras do coração
Com a doçura das frutas
E dos cheiros
Que fechando os olhos, ainda sinto
Mando-te palavras d’um abraço
Forte e imenso,
Como se meus braços fossem,
Os ramos do velho imbondeiro
À beira do caminho
Para ti, minha Angola,
Mando-te palavras de calor
Como o por do sol à tardinha
Numa praia qualquer…
Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC
Vou até ti,
Minha Terra
Em aviões de imaginação
Recordações de juventude
Que trazem saudades,
Dos dias vividos
E emoções sentidas
Mando-te palavras d’alma
Com a beleza das acácias,
E de lágrimas empoeiradas
P’la terra vermelha crestada
Mando-te palavras do coração
Com a doçura das frutas
E dos cheiros
Que fechando os olhos, ainda sinto
Mando-te palavras d’um abraço
Forte e imenso,
Como se meus braços fossem,
Os ramos do velho imbondeiro
À beira do caminho
Para ti, minha Angola,
Mando-te palavras de calor
Como o por do sol à tardinha
Numa praia qualquer…
Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC
TEU CORPO, POESIA NOSSA
TEU CORPO, POESIA NOSSA
É no teu corpo
Que vou desenhando letras,
Para um poema em nós
Com volúpia e emoção,
Sinto palavras queridas,
Percorrerem pelo silêncio,
Trilhos esquecidos na penumbra
Poema escrito num corpo,
Onde odores calados,
Se fundem nos beijos dados,
Suavemente em sintonia
Dedos serpenteando,
Alienados,
Permitindo reticências,
Interrogações,
Ao trocarem exclamações em ardor
Poesia em corpos que falam,
Querem,
Sentem,
Mas nunca um poema vazio de nada...
Fátima Porto
É no teu corpo
Que vou desenhando letras,
Para um poema em nós
Com volúpia e emoção,
Sinto palavras queridas,
Percorrerem pelo silêncio,
Trilhos esquecidos na penumbra
Poema escrito num corpo,
Onde odores calados,
Se fundem nos beijos dados,
Suavemente em sintonia
Dedos serpenteando,
Alienados,
Permitindo reticências,
Interrogações,
Ao trocarem exclamações em ardor
Poesia em corpos que falam,
Querem,
Sentem,
Mas nunca um poema vazio de nada...
Fátima Porto
sábado, 5 de julho de 2014
O MEU SOFÁ
O MEU SOFÁ
Recostada, imagino
Sonhos,
Quereres,
E fechando os olhos, dou largas à imaginação
Eu aqui sentada apenas envolta num véu,
Para vires docemente,
E tuas mãos percorrem o meu corpo
Tua boca beija suavemente meu rosto,
Pescoço,
Fazendo soltar uma excitação em nós,
De um querer sem pudores e tabus
As minhas mãos, língua,
Exploram o teu corpo
Aconchegando-te a mim
Sentindo o teu peito no meu
E um bater descompassado dos corações
O véu vai caindo,
E por fim, o beijo sôfrego,
Onde as línguas se entrelaçam,
Como num abraço
E, ele ali está
Rolamos para ele
E saciamos nossa vontade louca,
De corpos unidos,
O prazer é levado à exaustão,
Murmúrios,
Sussurros de encanto,
Beijos quentes em corpos suados, cansados
Sofá da imaginação
Sofá da realidade
O MEU SOFÁ...
Fátima Porto
Recostada, imagino
Sonhos,
Quereres,
E fechando os olhos, dou largas à imaginação
Eu aqui sentada apenas envolta num véu,
Para vires docemente,
E tuas mãos percorrem o meu corpo
Tua boca beija suavemente meu rosto,
Pescoço,
Fazendo soltar uma excitação em nós,
De um querer sem pudores e tabus
As minhas mãos, língua,
Exploram o teu corpo
Aconchegando-te a mim
Sentindo o teu peito no meu
E um bater descompassado dos corações
O véu vai caindo,
E por fim, o beijo sôfrego,
Onde as línguas se entrelaçam,
Como num abraço
E, ele ali está
Rolamos para ele
E saciamos nossa vontade louca,
De corpos unidos,
O prazer é levado à exaustão,
Murmúrios,
Sussurros de encanto,
Beijos quentes em corpos suados, cansados
Sofá da imaginação
Sofá da realidade
O MEU SOFÁ...
Fátima Porto
sexta-feira, 4 de julho de 2014
ORVALHO DE SAUDADES
ORVALHO DE SAUDADES
Guardei o mar das saudades
Para nunca o perder,
No sótão das memórias
E calei profundo
Abro-o,
Quando tristezas apertam o peito
E sufocam a voz,
Num embriagar da nostalgia,
Como cheiro de flores secas,
P’lo tempo que passou
Guardei a madrugada
Em gotas de orvalho,
Para que em silêncio e só,
Se confundissem com as lágrimas
Que derramavam da minh’alma
Pois que o orvalho,
São lágrimas ao amanhecer…
Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC
Guardei o mar das saudades
Para nunca o perder,
No sótão das memórias
E calei profundo
Abro-o,
Quando tristezas apertam o peito
E sufocam a voz,
Num embriagar da nostalgia,
Como cheiro de flores secas,
P’lo tempo que passou
Guardei a madrugada
Em gotas de orvalho,
Para que em silêncio e só,
Se confundissem com as lágrimas
Que derramavam da minh’alma
Pois que o orvalho,
São lágrimas ao amanhecer…
Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC
COMO SOU
COMO SOU
Prendo-me numa dimensão
Em que toda a minh’alma se solta,
Nas trovas que escrevo,
E em cada sopro que respiro
Na tormenta do amor
Eu conheci um todo,
Abafando-me,
Arrebatada,
Chegando para minh’alma,
Tal como sou
Mas em cada brisa que passa,
Enchem-se os olhos de lágrimas,
Só no meio da multidão,
Sentindo-me abandonada,
Querendo apenas
Voar nas nuvens do tempo e da distância…
Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC
Prendo-me numa dimensão
Em que toda a minh’alma se solta,
Nas trovas que escrevo,
E em cada sopro que respiro
Na tormenta do amor
Eu conheci um todo,
Abafando-me,
Arrebatada,
Chegando para minh’alma,
Tal como sou
Mas em cada brisa que passa,
Enchem-se os olhos de lágrimas,
Só no meio da multidão,
Sentindo-me abandonada,
Querendo apenas
Voar nas nuvens do tempo e da distância…
Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC
JANELAS DO TEMPO
JANELAS DO TEMPO
Fecharam-se velhas janelas
Entorpecidas no tempo
Onde o silêncio agora habita
Murmúrios d’um passado,
Que se esvaem por entre gastas frestas,
Alheios a quem passa
Crianças por ela brincaram,
Ou onde namorados trocaram juras de amor,
Em páginas d’um passado não distante
Quantas histórias guardam por entre janelas,
Hoje carcomida pelos anos,
Onde suas dobradiças se enferrujaram,
E que não mais se abrirão
Assim como janelas encerraram ao vento,
Quantas vidas se fecharam no tempo,
Mas que ainda hoje retêm o passado…
Fátima Porto
Fecharam-se velhas janelas
Entorpecidas no tempo
Onde o silêncio agora habita
Murmúrios d’um passado,
Que se esvaem por entre gastas frestas,
Alheios a quem passa
Crianças por ela brincaram,
Ou onde namorados trocaram juras de amor,
Em páginas d’um passado não distante
Quantas histórias guardam por entre janelas,
Hoje carcomida pelos anos,
Onde suas dobradiças se enferrujaram,
E que não mais se abrirão
Assim como janelas encerraram ao vento,
Quantas vidas se fecharam no tempo,
Mas que ainda hoje retêm o passado…
Fátima Porto
quinta-feira, 3 de julho de 2014
SAUDADE
SAUDADE
Saudade,
Não tem cheiro nem sabor
Saudade,
Fala-se,
Mas não se vê
Saudade,
Faz parte da ausência,
Mas não do amor
Saudade,
Quem a tem sente uma dor
A crescer no coração
Saudade,
Quando vem,
A solidão acompanha,
Por carência de alguém…
Fátima Porto
Saudade,
Não tem cheiro nem sabor
Saudade,
Fala-se,
Mas não se vê
Saudade,
Faz parte da ausência,
Mas não do amor
Saudade,
Quem a tem sente uma dor
A crescer no coração
Saudade,
Quando vem,
A solidão acompanha,
Por carência de alguém…
Fátima Porto
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