JANELAS DO TEMPO
Fecharam-se velhas janelas
Entorpecidas no tempo
Onde o silêncio agora habita
Murmúrios d’um passado,
Que se esvaem por entre gastas frestas,
Alheios a quem passa
Crianças por ela brincaram,
Ou onde namorados trocaram juras de amor,
Em páginas d’um passado não distante
Quantas histórias guardam por entre janelas,
Hoje carcomida pelos anos,
Onde suas dobradiças se enferrujaram,
E que não mais se abrirão
Assim como janelas encerraram ao vento,
Quantas vidas se fecharam no tempo,
Mas que ainda hoje retêm o passado…
Fátima Porto
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