
Calo os meus olhos
No silêncio dos sentimentos
Com lágrimas de culpa
Querendo voar na escuridão
Chuva mistura-se com o sal das lágrimas
Num sabor acre-doce
Em que rosas murcham sem abrir
Porque os espinhos abriram feridas
Penas que carrego
Esventro minh’alma
No frio da noite
Em que a solidão nada me dá
Mas nada também lhe digo
Apenas meus lamentos sofridos
Lavados pela chuva que cai…
Fátima Porto
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