quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

UM SÓ


As casas e as ruas pareciam desertas
O sino da igreja deu as duas da manhã
Fugimos por entre esquinas e becos

Parei...
A minha respiração acelerava
ao ritmo do pulsar do meu coração
E puxaste-me para ti
A parede apoiou-nos nesse abraço
que colou nossos peitos suados
.
Olhos nos olhos, sem falar
nossas faces roçaram
Nossas línguas tímidas tocaram-se
pedindo um beijo

Senti tua mão
acariciando o meio peito, meus ombros
deixando que a minha roupa fosse caindo
para que sentisse os beijos roubados,
Ansiados, sedentos e calmos
para o momento de prazer
Afagas também as minhas coxas
enquanto eu mimo teu corpo

Já não corríamos, mas o meu pulsar era maior
O calor, o vibrar, o querer,
A tua respiração aumentava
Nossos corpos mais se colavam
porque se desejam

E algo fez bradar a união

Que loucura, que doçura

Numa parede duma casa,
Numa rua deserta...

FOMOS UM SÓ...

Sem comentários:

Enviar um comentário

ESCONDERAM-SE AS PALAVRAS