sexta-feira, 30 de setembro de 2011

CAMA DESFEITA


Lençóis amarrotados
Depois de uma noite de amor
Cama desfeita
Vazia

Ao som das ondas do mar
Amámo-nos
Corpos entrelaçados
Beijos sôfregos
Meigos
Sedentos

Adormecemos
No cansaço do amor doado
Cabeça no teu peito
Mãos dadas
Em um só corpo

Rompeu o dia
Cheiro a mar
Entra pela janela
Fazendo-nos correr até ele

A cama ficou vazia
Desfeita …

Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

NA PRAIA


Fecho os olhos
Parece que tive um sonho

Vejo-nos
De mãos dadas
Na areia molhada
Da praia
Olhando o mar
Além do horizonte

Em silêncio
Beijos
Carícias trocamos
Como se ela fosse nossa

Uma onda fria
Veio desfazer-se na areia
Nossos pés molhar
Avivando certezas
Pois éramos um só
De desejos
E paixão

Ainda sinto
O sabor de teus beijos
Numa praia
Que por momentos
Foi só nossa …

Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil

CORPO NU


Véu
Pois apenas
Meu corpo tapa
Vai descendo
Lentamente
Mostrando meu corpo nu

Desnudo
Corpo e alma
Em fantasias
Sonhos
Queres
E desejos

Meu corpo nu
Irradia devaneios
Transpondo
Perspectiva do presente
Superando
Obstáculo
Do destino

Apenas em véu
Meu corpo nu …

Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

BEBENDO VINHO


Afaga-me
Com teu querer
Deseja-me
Com tua paixão
Beija-me
Com tua meiguice
Acaricia-me
Com tuas mãos

Desejo-te
Só para mim
Olhares profundos
Que falam muito
Corpos colados
Querendo
Ser só um

Saboreamos o vinho
Nos beijos
Das nossas bocas
No calor de um abraço
Queremos mais
De tão pouco ser ….


Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil

terça-feira, 27 de setembro de 2011

EM FOGO


Um beijo quente
Em fogo
Aquece
O coração

Carícias
Meigas
Incendeiam
A alma

Corpos unidos
Num doce agitar
Em paixão
Sonhada

Ardem sentimentos
Num beijo aceso
Em lábios de fogo


Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil

ROSAS DE PORCELANA


Recordo
Com nostalgia
Rosas do meu quintal
Aromas diferentes
Cores sem igual

Uma era especial
Por sua cor e beleza
Parecia ser vidro fino
Tal perfeição
Que a Natureza dotou
Quase não era real

Quem dera
Voltar a ter
No meu jardim de agora
Rosas de Porcelana
Para recordar com carinho
Quando as tive outrora …

Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

UM VAZIO


Sem gesto
Traço tua presença
Querendo
Em anseios
Afagar meu corpo

Ah doce loucura
Ventura dos amantes
Pois no enlear dos corpos
Saboreiam beijos
Na pele suave
Onde mãos vagam
Trilhos ocultos
Murmurando
Promessas discretas
No deleite da paixão

Mas apenas imagino
Pois tua presença
É ausente
Tudo é vazio de nada

Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil

AMANHECER


Acordo
Chove lá fora
Leve aragem
Percorre meu corpo nu

Música
Vinda do meu ser
Extravasa
Se encaixa
Na perfeição
Em espírito e corpo

Sons deleitosos
Despertam
Sensações deliciosas
Desafinando
Com o dia cinzento
Lá fora …

Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil

domingo, 25 de setembro de 2011

GUARDADA


Em pensamentos
Aprisionei
Todos os sonhos
Esperanças
Envoltos em mim

Em suspensão
Embrulhados
Corpo e alma
Numa metamorfose
Transformá-los

Abraçada a mim
Altero
Mudo
Gritando em voz muda
Mas está oculta

Alma dilacerada
No silêncio do refúgio
Terás paz
Por fim guardada …


Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil

ADORMEÇO


No encanto
Do repouso
Cheiro a rosa que me deste
Fechando os olhos
No fascínio de odores
Fantasias

Sinto teu abraço
Afagar dos cabelos
Um olhar profundo
Meigo
Lendo a alma

Peço-te beijos
Calados
Carinhosos
Suaves como as penas
Arrebatadores
Como a fúria do mar

Corpos envolvidos
Queridos
Transpiram paixão

Adormeço
Em minhas fantasias
Pela rosa que me deste ….

Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil

SOU TUA


De corpo e alma
Entrego-me
Tuas carícias
Beijos
Que fazem estremecer
Em delícias

Sussurrando
Ao ouvido
Dizes palavras
Caladas meigas
Que entendo
E quero

Mãos
Percorrem meu corpo
No doce enlear
Suavemente
De quem toca
Uma rosa
Humilde e formosa

De braços abertos
Esperando
Sou tua …

Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil

sábado, 24 de setembro de 2011

O VÉU


O véu que tapa
Não esconde
O que por vezes
Não se quer ver

Ocultos
Vê-se com medo
Sombras de um passado
Presente

Amarfanha-se o véu
Com revolta
Retraída
Embargada
Dor que ele nos traz

Temores que reservam
Mágoas sem fim
Silenciosos
Atrás do véu
Quase transparente…


Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé - BRASIL

EM SONHOS


Suaves sonhos
Que se encaixam
Em doces melodias
No meu corpo
Como se teu fosse

Corpos que se encravam
No côncavo e convexo
Linhas por nós traçadas
Em notas de quimeras
Desejadas

Enleio os sons
Por devaneios
Favoritos
Pois nunca são inúteis
Alcançar-se tão doce fantasia

Em sonhos
Minha música ao longe vai surgindo ….

Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé - BRASIL

MOMENTOS DE ESPERA


Acerco-me
À minha janela de encanto
Que faz soltar
Imaginação
À luz do luar

Onde está
Tua presença
Desejo de doce enlear
Sentir na boca
Lábios ternos
Em beijos de estremecer

Há vazio
De teu olhar
Pedindo
Carícias minhas
No corpo que se doa
Em comunhão perfeita

Vou esperando
Ao luar
Que entra pela minha janela ….

(Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé – Brasil )

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

DESCANSO


Fecho os olhos
Onde abraço
A imaginação
Da minha alma

Serenamente
Vou desfolhando
Amarguras
De um rosário
Vivido

Confundem-se ideias
Rolam em catapultas
Amálgamas de sentimentos
Que corroem
Num agitar de loucura

Quero
Pois os meus olhos
Longe de fantasias insanas
Retraídas em espíritos
Em descanso
Do sofrimento …

(Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé – Brasil)

MAR


Mar de enredo
Enredado
Nas redes da vida

Mar tenebroso
Alterado
Em vagas de assombro

Mar de morte
De vida
Em corpos transportadas

Mar de choro
Cinzento
De almas agonizantes

Mar revolto
Sem partida
No horizonte sem fim ….

Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

SENTE-ME


Toca
Percorre
Com teus dedos
Minha pele
Sente o arrepio

Dá-me
A maciez
De carícias
No enleio
Do calor do teu abraço
Aconchegando
Até ti
Meu corpo

Desejo
Sentir o teu querer
Ao teres-me
Presente
Mesmo que ausente
Mas
Sente-me …

(Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé – Brasil)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

À ESPREITA


Que espreitem
Nosso amor
Beijos
E carícias
Ao sol
À chuva

Nosso mundo
De sonhos
Abraços
De calor
Na relva molhada

Que espreitem
E oiçam
Nossas vozes caladas
Em beijos pedidos
Por olhares meigos
Consentidos

Que espreitem …

(Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé – Brasil)

QUEM SABE


Por entre cordas
Que abafam
Desabafo pensamentos
Doridos
Sofridos
Estrangulando
Minha alma

Pesa meu coração
Sucumbir
Nesta aflição
De interior atado
Querendo
Soltar amarras
Sem deixar
Raízes

Meu rosto
Enrolado em nós
Roga que venhas
Livrá-lo
Num beijo
Mágico
Quem sabe …

Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil

ESPINHOS


Voem
Aves agoirentas
Dos espinhos
Cravados na minha alma

Raios
Rasgaram os céus
Negro
Sombreia o dia
Rosa
Meu corpo dilacerando

Ventos
Em tempestades
Mostrem minha dor
Apertada contra o peito
No meu abraço nu …

(Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé – Brasil)

terça-feira, 20 de setembro de 2011

VEM ATÉ MIM


Vem até mim
Em silêncio
Com palavras
Sussurradas
Caladas
Ao ouvido
Em carícias

Vem até mim
Mansamente
Num afago
Com teu abraço
Calor
Ardendo olhar

Vem até mim
No enleio
Dos corpos sedentos
De beijos
Em silêncio
Vem …

(Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé – Brasil)

SERENA


Envolto em rosas
Meu corpo
De tumultos descansa
Em sonhos

Odores
Exalam
No mar que me rodeia
Em acalmia
De um sono profundo

Serena
Sinto tua presença
Envolvendo
Em carícias
Beijos
Como se em teu colo
Estivesse
Deitada …

Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil

PARA NÃO CHORAR


Deixem
Soltar angústias
Guardadas no meu peito

Minha alma
Triste
Amargurada
Grita “ais”
Secos
Calados

Tudo gira
Em tempestade
Causando
Abalo interior
Abrindo brechas
Ferindo
E sofrendo
Para não chorar

Garras afiadas
Circundantes
Dilaceram
Esventram o pensamento
Profanando
A Vida
Desejada …

(Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé- Brasil)

DEIXA-ME SENTIR


Desejo sentir
No afagar
Carícias
Beijos
Fazendo voar

Meiguices tuas
De um sonho
Inebriante
Bem nos olhos
Profundo

Deixa levar
Encantos teus
Prazeres loucos
Em nós saboreados …

(Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé – Brasil)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

LARGO MEU CORPO


Corpo
Largado em devaneio
Sustento de alma
Rasgando
Perdões da vida
Em deriva

Prostrada
Me deixo
Enredada no véu
Que acolhe
Em sonhos
Enleada

Possui-me
Doce encanto
Espírito de fantasia
Pois o corpo
Larguei
Para ter uma ilusão …

(Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil)

IDE


Ide procurar
Meus poemas
Em cascatas
Águas cristalinas

Ide ver
Em árvores mágicas
De livros enroscados
Como cascas
Semeando ao vento
Palavras

Ide recolher
Folhas caídas
Soltas
Em brisas de letras
Meigas

Ide e tragam
Versos
Cantados à Lua
Ao Amor
À tristeza
Aos Sonhos
Às Certezas

Pois meus Poemas
Lá estarão …

(Poema editado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil)

domingo, 18 de setembro de 2011

CASTELOS NO AR


Meus pensamentos
Desaparecem
Nas asas da fantasia
Surgindo
Castelos no ar

Lindos
De mil cores
Jade, rubis
Esmeraldas
Todos feitos assim
São preciosos
Para mim

De repente
Fiquei triste
Quis entrar nos meus castelos
Porém estava a acercar
Simplesmente
Desapareceram …


(Poema publicado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil)

FLOR DA ALMA


Viçosa
Teu perfume
Alumia o espírito
De encanto
Doce enlear

Suave
De paixão
Fascínio louco
Apoderaste
Coração casto

Amor
Flor da alma
Semeada
Produz jardins
De anseio
Fogo ardente …


(poema publicado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil)

VÉU DE OCULTAR


Desiste
Tira
Teu véu
Que te encobre
Entre trilhos da vida

Desnuda-te
Sobre ti
Defronta a Existência
Além do espírito
Numa época
Falsa de devaneios

Exibe teu rosto
Transparente
Sem logro
Mostrando
Alma ditosa
De paixão ….


(Poema publicado no Jornal O REBATE de Macaé - Brasil )

sábado, 17 de setembro de 2011

PRIMEIRO BEIJO


Olhos que falam
Bocas caladas
A medo
Pedindo

Beijo
De encanto
Suave delícia
Meigo
Desejado

Bocas coladas
Doce arrepio
Sentindo teu corpo
No calor do enredo
Do primeiro beijo ….

(Publicado no Jornal O REBATE )

ESCALADA DA VIDA


A pique
Dura encosta
Pedras desleais
Da vida
Longa é a subida

Raios quentes
Aquecem almas
De desejos
Gélidos sofridos
Perdidos
No esquecimento

Vida
Com mágoas na alma
E corpo
Lavadas
Não é abdicada
Ao alto do penedo
Chegar ….


(Publicado no jornal "O REBATE")

TRISTE FADO


Destino
Um dia chorado
Sina
Amargurada
De alma triste

Abandonada

Corpo esventrado
Ao vento
Rosto molhado
Por lágrimas caladas
No silêncio
De um fado traçado

DOCES MISTERIOS


Invadem
E cercam
Segredos de mim
Como jóias guardadas
Em caixa da minha alma

Doces devaneios
Quero ocultar
Sentindo no peito
Enleio de ti

Teu poder
E luz
Dão-me alento
Saudades tuas
Reservando em mim
Nostalgia e dor …

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

ARRAIAL NA NOSSA TERRA



Logo pela manhãzinha
Mal desponta o arrebol
Foguetes sobem ao ar
Saudando o nascer do sol
No dia de S. João !
Pelas ruas a tocar
Charanga bem afinada
Vai espalhando melodias
Pela aldeia engalanada.
Ninguém esquece o Padroeiro
Na Missa e na Procissão
Onde não faltam os anjinhos
E onde todo o mundo acorre.
Cheira o ar a rosmaninho
Nesta terra pequenina
Onde a tradição não morre!

Há de tudo no arraial
P’ra alegrar a petizada:
Algodão doce, pipocas!
-Menina, não quer mais nada?
Só se for umas farturas
Que não sejam muito duras
Para a mãe e para a avó,
É noite de S. João !
Os velhinhos a dançar
Recordam a mocidade!
Há foguetes a estoirar
Espalhando claridade
Bem alto, lá pelo ar,
São lágrimas de saudade
Do arraial a acabar!


Está animado o arraial
Andam balões pelo ar
Misturados com as cantigas
Sobem, sobem, sem parar!
Quando a tarde vem caindo
Os olhos das raparigas
Põem corações a arder
No peito dos namorados.
Seus lindos olhos, gaiatos,
Espelhos do coração,
Ardem mais que as fogueiras
Na noite de S. João.
Toda a gente está feliz
A marcha fez um vistão
O arraial é braseira
Que aquece o coração!

Autoria de minha Mãe: Lidia Carvalho Oliveira

CASA AO RELENTO


Cansado pelo pesar dos anos
Descansa
Encolhido
Em noite fria
Em cama que sobrou
No silêncio de um banco de jardim
Numa casa com telhas de estrelas
Paredes de luar
Janelas e portas abertas
Aos olhares de quem passa

Solidão
É tua companhia.

O sonho
É teu agasalho …

PEDAÇOS DE ESCRITA


Retrato
Com pena e tinta
Em papel puro
Pedaços
De vida toldada

Desamores
Ilusões
Lágrimas choradas
Em prantos secos
Escondidos

Existência vã
Magoada
Que faz rolar
Uma lágrima amargurada
Salpicando
Letras molhadas
Manchadas de tinta …

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

JANELA DE ENCANTO


Janela dos meus encantos
Por ela vagueio
Num doce imaginar

Uma brisa
Toca meu rosto
Como carícias tuas
Trazidas pela saudade

Olho o mar
Serenamente
Como quem espera mensagens
Chegadas na espuma das ondas
À areia fina da praia

Corro
Nada encontro
Só uma meiga fantasia
Através do encanto da janela

VELHA MELODIA


Toca
Aquela melodia
Triste
Quando um dia partiste

A pauta
Enrugada
Velha
Como a canção
Um dia tocada

Tempos marcaram
Gravaram
Memórias não esquecidas
De uma velha melodia …

OLHOS TAPADOS


Tapo os olhos
Vejo
O que a alma esconde

São lágrimas de um passado
Esquecido
Não morto

Relembrado
Abre feridas
Que doem
Não quero ver
Minhas angústias
Que teimam
A surgir

Mesmo assim
Tapo os olhos ….

JARDINS ÉDEN


Enrolem cobras mansas
Em corpo nu
No afagar doce
Como tuas mãos
Em carícias
Suaves

Deleitam
Fantasias adoráveis
Que só deuses gozam
No Paraíso idílico
Em serenidade

Desejo
Teus dedos percorram
Mansamente
Caminhos de meus
No ondular
De cobra meiga …

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

PARA LÁ DO TEMPO


Voa
Minha alma
Desfaz-te
Em mil pedaços
Atenua
Confusões
De desalento

Espírito meu
Procura outras zonas
Para lá do tempo
Em ventos suaves
Brandos

Quero sentir
Leveza de voar
Como pétalas
De rosa desfolhada
Ao vento ….

BOCA FECHADA


Tristes dias meus
Em que leda alma
Transportada
Faz destruir
Tamanha dor

Mar revolto
Encantos falhados
Em devaneios
Sombrios
De boca silenciosa

Voz seca
Em lábios mudos
Em tortura de mágoas
Distorcidas
Angustiadas …

PÉTALAS VERMELHAS


Rosa fresca
Vermelha de sangue
Verdadeira
Delicada
Em meus lábios
Deixa bálsamo delirante

Beija
Com tal sabor
Sente perfume meu

Fecho os olhos
Pela fantasia
Voando
Sentido como vinho
De Baco
Fluindo …

terça-feira, 13 de setembro de 2011

LOUCURA


Mente insana
Delírios
Vendaval de ideias
Loucas fantasias

Devaneios
Tristes
Em remoinhos
Extasiantes
Transportados
Além da alma

Fuga na imaginação
Por angústias
Vontades
Paixões
Perdidos na loucura …

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

SINTO CORRENTES


Amarrada estou
Em correntes
De aço
Esboçando não afectos
Como pássaros
Sem gaiolas que os prendem
E que não voam

Desejos
Onde estão …

Com tristezas
Em agitação
Desgastando
Fantasias inúteis
Tomadas no corpo
E alma …

MEU CAVALO BRANCO


Cheguei um dia
Em vestes alvas
Buscando paz
De terras longínquas

A trote
Por campos de flores
Olho horizonte
Tentando lembrar tua figura
Mas tudo é nada

Quero para mim
De novo
Sem fugas
Nem ausências
Apenas tu …

domingo, 11 de setembro de 2011

CARTAS RASGADAS


Passado
Despedaçadas
Onde faltam pedaços
P’lo tempo levados

Cartas gravadas
Nunca enviadas
Arquivavam sigilos
Tempos antigos

Foram esfarrapadas
Descoraram com o tempo
Desfizeram-se pedaços
Da vida d’outrora
Não mais se coordena
As falhas
Das cartas despedaçadas …

A TI HOMEM


Que tens sentimentos
Que amas
Que voas na imaginação
Que sofres
Que a tu’alma está dilacerada
Que ris com vontade de chorar
Que sentes a solidão
Que vives a dor dos outros esquecendo a tua
Que esperas apenas o calor d’um abraço
Que achas que chorar não é de Homem
Que apesar forte, fraquejas
Que nem com um milhão de amigos te faz sentir menos só
Que hás vezes escreves para desabafar
Que teu acalmar é mudo e disfarçado do universo
Que te fazes parecer de forte, por seres Homem
Sim, a ti Homem, chora, ri, ama, não te escondas porque a solidão dói
És um Ser Humano com sentimentos, defeitos e virtudes, e fantasias.

ESCONDERAM-SE AS PALAVRAS