domingo, 24 de fevereiro de 2013

BEIJO NO TEMPO PEDIDO




Sentimentos
Aproximam
Um beijo se pede
Sem falar
E se dá envolvido
Carente
Perdido
Na nostalgia
Do momento

De olhos fechados
Vive-se
O instante
Perdido no tempo
Doce ensejo
Para nunca largar
Da memória

Oh como quero teu beijo
Sentir o calor
Do toque dos lábios
Onde línguas dançam
Pelo meu corpo
Voar em teus braços
Num espaço querido

Vem junto a mim
Rogaremos o beijo
Que consumirá o fogo
Em nós trazido

Vem,
No beijo calado
Sentido, querido
Como se fosse o último
Docemente saboreado
Perdido no tempo….

Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC

DOCE ENLEIO




Leves sussurros
Carícias
Desejos
Mãos que afagam
Num querer

Olhar que fala
Coração que sente
Fazem transbordar
Sensações múltiplas

Bater forte
Arrepio doce
Entre corpos
Que se encaixam
No enleio da paixão

Mãos saboreiam
Sentimentos
Num roçar odores
D’encantamento

O mundo encerra
Neste enredo
Para ser vivida
Uma paixão a dois ….

Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC

sábado, 23 de fevereiro de 2013

CONQUISTAR ASAS




Faço castelos na areia
Numa praia por inventar
Olhando o mar no horizonte

Deixo voar meus pensamentos
Pela brisa que passa por mim
Em pétalas perfumadas de sorrisos
Que vogam nas ondas mansas

Quero voar também
Ir para terras distantes
E levar a esperança na alma
Alva, como a espuma do mar

Deixem-me conquistar asas
Nos desejos e vontades
E soltar meus quereres
Na alegria de uma praia qualquer…


Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

= O MEU SOFÁ =


= O MEU SOFÁ =

Recostada, imagino,
Sonhos,
Quereres...

E fechando os olhos, o “filme“ começa…

Eu aqui sentada apenas envolta num véu
Tu vens docemente

Tuas mãos percorrem o meu corpo
E tua boca beija suavemente meu rosto,
Fazendo soltar um querer sem pudores nem tabus….

As minhas mãos, exploram o teu corpo
Aconchegando-te a mim
Sentindo teu peito no meu,
E o bater descompassado dos corações

O véu vai caindo…

Por fim,
O beijo sôfrego,
Onde as línguas se entrelaçam como num abraço……

E … ele ali está…

Rolamos para ele saciando nossa vontade,
Nossos corpos juntos
E o prazer da união é levado à exaustão
Murmúrios…
Ais….
Sussurros de prazer
E beijos quentes em corpos suados e cansados…


SOFÁ da imaginação
SOFÁ da realidade?

O MEU SOFÁ!


Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC

ESCREVO…




Palavras que sinto
E que não digo
Sentimentos tidos
Mas contidos
Um olhar na distância
Para que se transforme em perto

Ah escrevo…
Porque minha alma grita sem eco
Como no sótão da vida
Pois em segredo ficam
Lamentos esquecidos
Feridas tapadas

Escrevo
Em boca calada
Mas olhar atento
Páginas serenas
Como brisas que passam
Em saudades da vida
Que matam o peito

Escrevo…
Porque corre-me sangue nas veias
De uma família que escreve também
Deixando-me por herança
Nem jóias, nem fortunas
Mas o gosto e saber escrever…


Fátima Porto
In “ecos d’alma”
Texto registado e protegido pelo IGAC


INQUIETAÇÃO DO BEIJO




O teu enleio
Tem calor

As mãos são suaves
Em carícias

Um beijo leve
De mansinho
Faz estremecer
Minha alma

Beijo pedido
Deixando
Um olhar mudo
Mas falado

Lábios que se tocam
Ávidos do sentir
Perdidos no tempo
Na presença inquieta
Desafiada d’um beijo

Um abraço terno
Aconchego dos corpos

Bater descompassado
Dos corações
Porque vibram, exaltam

O instante do beijo
Lento, pausado
Mas perdido na razão...


Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC

REALIDADE




Aparto-me
E escondo a face
Para não verem uma lágrima rolar
De saudades de ti

Minha alma consome
Uma dor enorme
Por tua ausência
E choro em soluços
Abafados
Incontidos

Abraço
Para sentir
Os braços teus
Num enleio suave
Deslizando pelo meu corpo
Fazer-me sentir
Igual a estrelas do céu

Mas oh realidade
O calor é dos meus braços
Enquanto as lágrimas
Rolam pela face.

Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC

ENTREGA




Escorrem
Areias por entre os dedos
E algas tocam
Mansamente
Pois não planeiam acordar
Do sonho envolvido

Deixo corpo
Ao sabor das águas
Num suave prazer
Que me invade

Ah quisera eu
Tuas mãos
Em meu corpo
Percorrerem
Loucamente suaves
Por fascínio
Do desejo

Espraio-me
Em consolo
Imaginando tua presença
Mas entregando-me
À ausência do vazio.

Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

AMANHECE




Acordo.
Chove lá fora,
Leve aragem
Percorre meu corpo nu

Música
Vinda do meu ser
Extravasa
E encaixa-se
Na perfeição
Em espírito e corpo

Sons deleitosos
Despertam
Sensações deliciosas
Desafinando
Com o dia cinzento
Lá fora …

Fátima Porto.
Texto registado e protegido pelo IGAC

NÉCTAR D’AMOR




Aguardo por ti
Para sorvermos
Doce néctar
Dum ardor sem fim

Desejo teu corpo
E derramar
Para além das tentações
Nosso amor sem limites

Gozar
Suavemente
Todo enleio por nós sentido,
E nossas bocas coladas
Em beijos doces
Sedentos

Em puro encantamento
Esperarei por ti
E beberemos, qual vinho
Por Baco abençoado,
Nosso prazer…

Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC

....


….

…Em páginas de luar
Escrevo pensamentos ao relento
Que voam nas nuvens do infinito

Brilham com as estrelas
Até ao amanhecer
Nas palavras quentes do sol…


Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC

SONHOS




Meus desejos,
E pensamentos
Voam até ti

Adormeço
Numa cama de areia
À beira mar
Em lençóis d'água e espuma
Perfumados de maresia

Como te queria agora
Nesta praia
De meu sonho
Onde as ondas se espraiam
E cobrem meu corpo
Dando-me tal prazer,
Como se fosses tu
A aconchegar o leito

Uma brisa corre suave e doce
Parecendo tua mão
A afagar meu rosto

Mas é apenas uma ilusão,
Vãs fantasias em sonhos
Idênticas à realidade...

Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC

AMAR ASSIM





Como quero que me ames,
suavemente,
E queimes meu corpo,
P’lo teu desejo

Derrama em mim
todos teus beijos,
Carentes do cheiro
d'um amar sem fim

Percorre caminhos.
Encurta atalhos,
E sente o coração
tremer, inquieto
por te querer

Labaredas incendeiam
um fogo louco,
Que mais é sempre pouco,
Fazendo transbordar
delícias por amar assim

Como desejas que te ame
Em teu corpo ardente
Na vontade em nós tida

Ah…que os dias fiquem noites,
Os relógios parem no tempo,
Pois toda a paixão será um momento
De ecos em silêncio
Por amar assim…


Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC

DOCE AMAR




Meu amor…

Vamos amar até ser dia
beija minh'alma
com teu perfume
com sabor de baunilha
e ouve-me,
Tacteando lentamente

Sim meu amor,

Olha-me com ternura
sem palavras,
E nossas bocas unidas
beberão nossa paixão

Sente nossos corpos
Que em ardor e tremendo
de tão doce emoção,
Querendo um nunca mais terminar

Vem amor meu,

Mãos nas mãos
Para em teu colo descansar
D’uma chama que não se extingue
Mas que no silêncio de nós
Esculpirá doce paixão
Em páginas d’amor exaltado...


Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC

ACOLHE-ME





Acolhe…
Em teus ramos
Nos teus braços
Envolta em mim

Corpos desnudados,
Unidos,
Odores provados
E olhares calados
Pedindo mais

Que seja uma praia inventada,
Ou noutro local qualquer
Por cúmplice
Para quem se ama
Loucamente

Mas como é perfeito
Deliciar-se lentamente
E vibrar ardentemente
No encanto desse amor

Sensações tidas,
E contidas por um beijo
Falando mais que desejo…


Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC

NÃO SEI, EM SONHOS




…Não sei
Se vou dormir
Se vou fechar os olhos
E sonhar contigo

Ou abertos a pensar em ti
E nas palavras doces
Que te irei sussurrar
Para que durmas melhor

Não sei,
Mas se adivinhasse que dormias serenamente
Eu fecharia os meus olhos
Suavemente
Para que viesses célere
Até meus sonhos
Dos quais eu não quereria acordar jamais

Mas eu sei
Que te desejava comigo…

Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC

PRANTOS NO MAR




Navio da vida
Desfralda as velas
Dos mastros da alma

Navega pelos mares da solidão
Em delírios de temporal
Rasga as vagas imensas
Sob um céu de estrelas
Procurando um mar de calmaria

E divagando para lá do horizonte
Larga a âncora
Somente onde o vento sopra suave

Segreda brandos teus queixumes
À corrente mansa que te acerca
E voga para bem longe
Deixando as tristezas bem fundo
Nas redes de teu arrasto …


Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC

ESCONDERAM-SE AS PALAVRAS