sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A BRISA

A BRISA

Brisa passa ligeira,
Como um sopro que vagueia suave
No corpo que arrepia

São como dedos de seda
Que percorrem nada,
Na procura de um todo
P’lo meio do silêncio

São pensamentos em turbilhão
Deixando cair lágrimas,
Em boca calada
Que sufoca de tanto ver

A brisa secou a alma,
Esventrou sentimentos,
Dessecou, tolheu o que havia,
E partiu…

Fátima Porto

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