DESNUDANDO-TE
Oh corpo,
A alma despiste-a
Eu, apenas te dispo a roupa
e desnudo,
Corpo quente,
De homem louco
Perdido nos anseios
Que me entregas
e fazem perdida
A minha língua deleita-se,
Num peito,
e desvenda do teu âmago,
Os desejos escondidos
À vontade,
Os suspiros em murmúrios
Que me doas…
Devagar,
As minhas mãos conquistam-te,
Nas palavras caladas que soam,
Quentes,
Dormentes,
Porque tudo é palpitar de silêncios,
És,
O meu encaixe perfeito,
Ninho das minhas mãos,
Deixa-te ficar...
Eu visto-te,
Para te voltar a despir outra vez!
Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC
domingo, 7 de julho de 2013
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