quarta-feira, 16 de maio de 2012

AI MAMÃ UÉ




Vida
Que passa no tempo
Na solidão perdida no presente
De lágrimas secas
Onde o capim não cresce

Ai mamã ué
Que silêncio triste
Sem danças nem missangas
Com as marimbas tocando
D’um compasso certo

Terra grande
Choro minhas mágoas
Numa cubata vazia
Com a esperança na alma
Das rugas criadas

Nem pó se levanta
Da terra crispada
Tamanha é dor

Ai mamã ué…

Fátima Porto
Fotografia : Adalberto Gourgel

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