quinta-feira, 24 de maio de 2012

CHUVA DE TRISTEZA




Calo os meus olhos
No silêncio dos sentimentos
Com lágrimas de culpa
Querendo voar na escuridão

Chuva mistura-se com o sal das lágrimas
Num sabor acre-doce
Em que rosas murcham sem abrir
Porque os espinhos abriram feridas
Penas que carrego

Esventro minh’alma
No frio da noite
Em que a solidão nada me dá
Mas nada também lhe digo

Apenas meus lamentos sofridos
Lavados pela chuva que cai…


Fátima Porto

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