segunda-feira, 21 de maio de 2012

MELODIA DESPIDA




Fez-se silêncio na sala
Para os acordes leves, suaves
De um violino que chora
As mágoas do tocador

De olhos fechados
Ouvido afinado
O arco e os dedos
Percorrem lentamente
Como lágrimas salgadas
Deslizando pelo rosto

Esvoaçam notas pelo ar
De um Outono despido
Como folhas amarelecidas ao tempo
Das lágrimas caídas pelas franjas d’um xaile
No contratempo ajustado

No corpo nu da música
Choram almas d’encanto…


Fátima Porto

2 comentários:

  1. Lindoooooooo ... o poema e a imagem ...
    Uma noite tranquila... beijinho

    São

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  2. Fátima desculpe no comentário anterior assinei São (Encarnação Camilo) bj

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ESCONDERAM-SE AS PALAVRAS