segunda-feira, 23 de abril de 2012

NUVENS




Deixei entrar nuvens de amor
No quarto da minha solidão
Tristemente vazio

Algodão doce em nuvens
Para um coração esventrado
Onde o tempo não faz as feridas sararem

Nuvens suaves
Que levam minhas mágoas
Caídas no regaço despojado

Meigas nuvens
Que acariciam as palavras mudas
Fechadas no armário do peito

Nuvens de desejos
De abraços nus e quentes
Que meu corpo esfria…


Fatima Porto

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