ENTREGA
Escorrem
Areias por entre os dedos,
E algas tocam
Mansamente,
Uma vez que, não planeiam acordar
D’um sonho enredado
Deixo o corpo
Ao sabor das águas,
E que suave prazer
Invade-me
Ah quisera eu
Tuas mãos
Percorrerem
Em meu corpo,
Loucamente delicadas,
Por fascínio
Do desejo
Espraio-me
Em consolo,
Esboçando tua presença,
E entregando-me
À ausência do vazio...
Fátima Porto
terça-feira, 8 de julho de 2014
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