sexta-feira, 4 de julho de 2014

JANELAS DO TEMPO

JANELAS DO TEMPO

Fecharam-se velhas janelas
Entorpecidas no tempo
Onde o silêncio agora habita

Murmúrios d’um passado,
Que se esvaem por entre gastas frestas,
Alheios a quem passa

Crianças por ela brincaram,
Ou onde namorados trocaram juras de amor,
Em páginas d’um passado não distante

Quantas histórias guardam por entre janelas,
Hoje carcomida pelos anos,
Onde suas dobradiças se enferrujaram,
E que não mais se abrirão

Assim como janelas encerraram ao vento,
Quantas vidas se fecharam no tempo,
Mas que ainda hoje retêm o passado…


Fátima Porto

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