terça-feira, 15 de julho de 2014

VELHO BARCO

VELHO BARCO

Tábuas velhas
Corroídas de angústias,
Num casco sem alma
Das tempestades perdidas

Velas não içadas
Nas lágrimas da chuva,
Já que se partiram os mastros
E as gaivotas voaram,
Na tristeza da solidão

Teu porto seguro
Há muito que se perdeu no horizonte,
E hoje esquecido,
Restam-te pedaços,
Apenas destroços,
Que só trazem à memória,
Tempos idos de glória...


Fátima Porto

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