LAVO-ME
Lavo minhas lágrimas de tristeza
Num mar que não tem fim
Lavo a alma dilacerada
Em marés calmas
Lavo minha solidão
Na espuma das ondas
Lavo minhas esperanças
Em praias que invento
Lavo a brisa que corre mansinho
Com cheiro do por do sol
Lavo meu corpo na imaginação
Em doces águas com sabor salgado
Lavo-me em saudades doridas
D’uma Angola ao entardecer …
Fátima Porto
segunda-feira, 28 de julho de 2014
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