quinta-feira, 23 de abril de 2015

Á LUZ DA VELA

À LUZ DA VELA

À luz mortiça de uma vela
Minhas lágrimas caiem

É choro abafado,
Com uma alma que sangra
De palavras não ditas,
Sob o olhar de uma vela
De chama trémula
Que finda aos poucos

Amanhece e chove,
Molhando a janela
Do quarto da minha tristeza,
Invadindo o meu ser,
Tendo por companhia a solidão
Iluminada p’la tosca vela
Que se apaga lentamente

E minhas lágrimas vão secando…

Fátima Porto
In “Ecos d’Alma”
Texto registado e protegido pelo IGAC

Sem comentários:

Enviar um comentário

ESCONDERAM-SE AS PALAVRAS