domingo, 24 de março de 2013
EM SILÊNCIO
Pelos vãos das janelas
Correm angústias
Atiradas ao chão
Voraz como lixo
Torturam e doem
Desfazendo a alma
Como o peito aperta
Nessa ansiedade
Em sufoco no silêncio
De palavras sujas nas paredes velhas
Quero gritar
Soltar minhas lágrimas
Em desabafo da minha solidão
Colo e mãos vazias
Num desejo louco de te ter
Mas pouco a pouco
Apenas sinto
Rolarem lágrimas…
Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC
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