sábado, 30 de março de 2013

LÁGRIMAS DE SILÊNCIO




Cruzo os braços
Para abafar meu grito
Enquanto lágrimas rolam
No silêncio da minha solidão

Olho para o vazio
À procura de tudo,
Mas sua forma é um eco fútil
Pior que o sal que escorre pelo rosto

Calo para não ser entendido
Num canto qualquer,
Pois mesmo doendo o coração
Deixo as palavras caírem
E secarem

Porque limpar
Tudo o que os meus olhos falam?

E em silêncio
Deixo meus braços cruzados
Às lágrimas de tristeza …


Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC

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ESCONDERAM-SE AS PALAVRAS