segunda-feira, 5 de novembro de 2012
OLHAR TRISTE
Teu olhar esvai-se
Como o tempo
Livre no horizonte
Panos negros te envolvem
Porque sombria está tua alma
Entre lágrimas que já secaram
Mulher da minha terra
Que de panos traçados
Te enrolas como abraços
Perdidos em nada, como teu olhar
Mesmo na tristeza mostras encanto
Como o cheiro da terra vermelha
Sacudida pela aragem quente
Em deliciosa perfeição
Fazendo-se envolver na tua amargura
Em que brisas do vento
Teus pensamentos se dispersam
Triste mulher da minha terra?
Fátima Porto
Fotografia de David M Oliveira
ATENÇÃO: Texto registado e protegido pelo IGAC
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